27 de fevereiro de 2009
Direitos, liberdades e garantias pessoais.
Direitos, liberdades e garantias pessoais.
26 de fevereiro de 2009
Faianças Bordalo Pinheiro. Not Made in China!
Tudo bons amigos...
25 de fevereiro de 2009
Sempre quero ver o que isto vai dar...
Darão ainda entrada pedidos de fiscalização de outros dois diplomas - o regime de aposentação e o estatuto dos vínculos e carreiras da Administração Pública. O TC, depois de decidir se aceita os requerimentos, distribuirá os processos pelos juízes conselheiros. O PSD já tinha tomado iniciativa semelhante na presente sessão legislativa, com a entrega de um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade de normas do Estatuto Político Administrativo dos Açores. Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa disse que respeita o "funcionamento próprio" do Tribunal Constitucional e os seus `timmings´ mas frisou que há uma urgência política. "A própria situação que vivemos no país, as profundas reivindicações dos trabalhadores têm consequências políticas que têm que ser entendidas pelo TC", disse. Jerónimo de Sousa destacou ainda a "amplitude" de deputados que o subscreveram e em particular o facto de "três vice-presidentes da Assembleia da República" o terem assinado: Manuel Alegre (PS), Guilherme Silva (PSD) e António Filipe (PCP).
20 de fevereiro de 2009
Direitos, liberdades e garantias pessoais.
19 de fevereiro de 2009
Vale a pena ser corrupto em Portugal, 2ª parte!
A construção do parque de estacionamento do Campo da Vinha, pela Bragaparques começou oito meses antes de a autarquia bracarense ter emitido o necessário alvará de licença de construção.
A conclusão consta de um relatório da Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT), anexado à investigação da PJ, que tece duras críticas à actuação da autarquia liderada por Mesquita Machado relativamente à empresa de Rodrigues e Névoa. "É, pois, inaceitável que a Câmara ‘assuma’ como seu o entendimento do dono da obra – Empresa Bragaparques –, a qual entendeu que não se tornava necessário qualquer tipo de licenciamento." Mais, o IGAT sublinha que, quando o serviço de fiscalização da Câmara constatou que a obra estava a ser executada sem licença, "não procedeu à instauração do correspondente processo de contra-ordenação que se impunha". Mais uma vez, o caso já tinha prescrito quando foi analisado pelo IGAT que concluiu que a instauração do processo de multas "já não é mais possível". Verba que os cofres da autarquia deixaram de encaixar.
Acesso aos cuidados de saúde é desigual, diz presidente da ERS.
18 de fevereiro de 2009
Direitos, liberdades e garantias pessoais.
Não cuidar das pessoas que estão às ordens do Estado, como infelizmente se pressupõe ser legítimo, é um crime, punível, ainda que tais condenações não se pratiquem. Mas tal como a propósito da fuga ao fisco, dos crimes de colarinho branco, dos abusos de poder, da corrupção, de pouco servirão na prática as declarações de princípio, por muito importantes que sejam. Neste caso, o que acontece é que a grande maioria dos presos, de que afinal estamos aqui a falar, vê a sua vida de vício condicionada a ter que lidar com um mercado monopolista dentro das prisões. A sua própria vida passa a ser a caução da capacidade de pagar o seu consumo. São doentes crónicos a quem obrigamos a viver em instituições cujo principal fluxo económico é a alimentação da doença indizível sem critérios sanitários, em nome da segurança, sem pinga de ética que não seja o maniqueísmo vingativo de culpabilização das vítimas da tragédia das políticas globais de prevenção do abuso de drogas. (...) ? Porque é que as mortes estranhas e obscuras permanecem prática recorrente, apesar das tais novas políticas de segurança que foram anunciadas precisamente para evitar a insegurança dos presos? Porque é que os assistentes sociais do Instituto de Reinserção Social foram saindo das prisões portuguesas e o número de trabalhadores sociais ou a qualidade do seu trabalho não são focos de avaliação e atenção administrativas? (...) As prisões portuguesas têm vida própria, à revelia do Estado e dos seus princípios. Fazer com que a nível das questões da saúde, como a respeito da educação, seja possível a entrada de profissionais com tutela independente dos serviços prisionais é sempre um passo positivo. Por exemplo, para que seja possível serem realizados estudos epidemiológicos e de saúde pública regulares (e não apenas sociológicos e pontuais) às populações prisionais – aqui vai uma primeira contribuição concreta para a proposta de lei: organizar estudos médicos junto dos presos, que possam suscitar avaliações das intervenções regulares ou extraordinárias, bem como das experimentais. Mas isso não resolve o problema dos modos de vida doentios que habitam as prisões em Portugal. (...) A nossa esperança é que um dia a vergonha seja mais forte que a vingança e a indiferença no seio dos órgãos de soberania portugueses sobre o que se passa nas prisões em Portugal. Isso saber-se-á quando os virmos sair da preguiçosa imobilidade com que têm preferido enlamear-se. (...)
Direitos, liberdades e garantias pessoais.
Vale a pena ser corrupto em Portugal, 1ª parte!
17 de fevereiro de 2009
Sócrates e o meu Avô. Por Pedro Abrunhosa.
2. O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante. Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino. Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade. Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve. O pior disto tudo é que não se vislumbra alternativa no horizonte. Manuela Ferreira Leite é uma múmia sem ideias, Portas uma anedota, PCP e Bloco, monolitos chatos e nem um rasgo de génio, de sonho, que faça sorrir os portugueses e os faça entender que eles são a verdadeira ‘política’, essa causa nobre que mistura lagartos com défice externo. Porque não há maneira melhor de explicar que a vida de cada um pode ser melhor quanto melhor ser humano, menos autista, surdo e teimoso for aquele que insiste em nos governar. O meu avô era assim, mas morreu faz muito tempo. E gostava de mais da liberdade para querer mandar. Disso tenho a certeza.
16 de fevereiro de 2009
Direitos e deveres fundamentais da Constituição.
Direitos e deveres fundamentais da Constituição.
Direitos e deveres fundamentais da Constituição.
Afinal para que servem as reservas?
As movimentações no terreno decorreram, segundo Os Verdes, em 13 de Novembro de 2008. Ou seja, um dia após a Câmara de Sintra ter aprovado um protocolo de intenções para instalar uma cidade do cinema na zona do Sabugo/Vale de Lobos, numa área de 50 hectares, inseridos na REN e na RAN, enquanto nos restantes 150 hectares também afectos ao protocolo, de uso agrícola, deverão ser viabilizados outros investimentos a definir num plano de pormenor a elaborar para toda a propriedade.
A sociedade proprietária - de vários promotores imobiliários, entre os quais um dos principais urbanizadores da Tapada das Mercês - aceita vender pelo "valor simbólico" de mil euros os 50 hectares para o centro de produção do grupo proprietário da TVI. O projecto visa a construção de até 12 estúdios de produção e de seis cidades cenográficas, em terrenos protegidos e por isso dependentes do reconhecimento de Potencial Interesse Nacional (PIN).
"Considera o Governo ser pertinente a realização de um estudo de impacte ambiental antes da tomada de decisão sobre este PIN?", questiona Francisco Madeira Lopes, num requerimento apresentado ao ministro do Ambiente. O deputado quer ainda saber se o Governo conhece o projecto, se já deu entrada qualquer pedido de classificação do projecto como PIN ou se já se iniciou o processo nesse sentido. Uma fonte da Câmara de Sintra adiantou que a candidatura de PIN "já deu entrada" no organismo competente para o efeito.
Notícia aqui.
É mesmo caso para perguntar para que raio servem as reservas Agrícola e Ecológica nacionais? Ah, é para construir e para pinar! É fartar vilanagem...
13 de fevereiro de 2009
A electrónica sangrenta.
Direitos e deveres fundamentais da Constituição.
Mais uma Golpada. Agora é na ERSE…!!!!
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com o artigo 28º dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes. Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público. Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo. Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador deserviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo?
António Dores, sociólogo no ISCTE .
O que ela merece é ser legalizada.
Notícia aqui.
Mais uma questão que os padrecas vão considerar fracturante... Pudera! Cada vez mais se torna evidente, mesmo aos olhos dos ditos crentes, que Deus não existe. E se existisse só podia ser mau, assim tipo Diabo! "Desculpe lá padre, mas o seu Deus não é o meu, o meu Deus ilumina, não deixa os filhos no breu" (Da Weasel). É uma elementar questão de direitos humanos dar a possibilidade, a alguém que está sob sofrimento extremo e sem hipóteses de sobrevivência com o mínimo de dignidade, de decidir se quer ou não suportar tal martírio. A igreja não pode limitar aquilo que é uma decisão individual, muito menos limitar uma sociedade inteira.
12 de fevereiro de 2009
É só fumo, só fumo, então onde pára o fogo?
A Polícia Judiciária está a investigar os contornos do empreendimento imobiliário "Nova Setúbal", por suspeitar da prática de corrupção passiva para acto ilícito, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poder. O empreendimento projectado pela Pluripar SGPS para 125 hectares do Vale da Rosa, em Setúbal, compreende 7500 fogos, um centro comercial e um novo estádio para o Vitória de Setúbal, e foi viabilizado pelos ex-ministros do Ambiente José Sócrates e da Agricultura Capoulas Santos, a menos de um mês das autárquicas de 2001. Os governantes assinaram um despacho conjunto a declarar a "imprescindível utilidade pública" do investimento, da holding liderada por Emídio Catum, que abriu caminho ao abate de cerca de um milhar de sobreiros, iniciado ontem de manhã, mas suspenso à hora de almoço, por ordem de um juiz. No passado dia 2, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou o JN de que "não há arguidos constituídos no processo" e, "entre os eventuais suspeitos, não figuram" os dois ministros que assinaram o despacho. O titular do inquérito é o DIAP de Évora. "O processo em causa encontra-se presentemente na PJ de Setúbal e espera-se que as diligências de investigação estejam concluídas para o Ministério Público proferir despacho final", transmitiu. Sobre a data da abertura do inquérito, respondeu apenas que ela sucedeu "com base numa denúncia apresentada pela Quercus e também numa denúncia anónima". A da Quercus foi apresentada em 2005, contou o ambientalista Francisco Ferreira. Os factos sob investigação, precisou a PGR, "podem tipificar em abstracto crimes de prevaricação, corrupção passiva para acto ilícito, participação económica em negócio ou abuso de poder". Para Francisco Ferreira, o despacho referido constitui "uma ultrapassagem do ordenamento do território demasiado flagrante, que parece ter objectivos políticos". "Se houve financiamento, não sei", acrescenta. Na sua opinião, é estranho que tenha sido declarada a "imprescindível utilidade pública" de um instrumento de planeamento, à data, inexistente. O Plano de Pormenor do Vale da Rosa foi aprovado em Assembleia Municipal em 2004 e publicado, no Diário da República, a 3 de Março de 2008. "Este despacho é nulo, dado que não foi efectuada a Avaliação de Impacte Ambiental do projecto", sustenta ainda a Quercus, que requereu essa nulidade ao Tribunal Administrativo de Almada, num processo que aguarda sentença. Francisco Ferreira estranha ainda a rapidez da emissão do despacho, depois de os serviços do Ministério da Agricultura terem negado, várias vezes, o corte de sobreiros no Vale da Rosa. Requerido a 7 de Novembro de 2001, pelo então presidente da Câmara de Setúbal, Mata Cáceres (PS), foi assinado a 19 de Novembro e publicado a 3 de Dezembro em 2001, duas semanas antes das autárquicas. "É caso único", observa.
Notícia aqui.
Direitos e deveres fundamentais da Constituição.
direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de estado de sítio ou de estado de emergência,
declarados na forma prevista na Constituição.
liberdades e garantias susceptíveis de serem suspensos.
constitucional nos termos previstos na Constituição e na lei, não podendo nomeadamente afectar a aplicação das regras constitucionais relativas à competência e ao funcionamento dos órgãos de soberania e de governo próprio das regiões autónomas ou os direitos e imunidades dos respectivos titulares.
11 de fevereiro de 2009
Is it really so strange?
I travelled south
I found a tiny house
and I can't help the way I feel
Oh yes, you can kick me
And you can punch me
And you can break my face
But you won't change the way I feel
'Cause I love you
And is it really so strange ?
Oh, is it really so strange ?
Oh, is it really so, really so strange ?
I say no, you say yes
(and you will change your mind)
I left the south
I travelled north
I got confused - I killed a horse
I can't help the way I feel
Oh yes, you can punch me
And you can hurt me
And you can break my spine
But you won't change the way I feel
'Cause i love you
And is it really so strange ?
Oh, is it really so strange ?
Oh, is it really so, really so strange ?
I say no, you say yes
(but you will change your mind)
I left the north again
I travelled south again
and I got confused - I killed a nun
I can't help the way I feel
I can't help the way I feel
I can't help the way I feel
(I lost my bag in Newport Pagnell)
Why is the last mile the hardest mile ?
My throat was dry, with the sun in my eyes
And I realised, I realised
I could never
I could never, never, never
Go back home again
Os padrecas andam a meter muito a cabeça de fora.
Frase do dia.
Karl Marx, "Das Kapital", 1867
A grande diferença entre Nostradamus e Marx é que o último não fez profecias, antes analisando a pernícia de um sistema económico, mas estava rigorosamente certo.
10 de fevereiro de 2009
Onde gastam o dinheiro dos nossos impostos.
Portugal, País de grandes tradições e brandos costumes... Pelo menos é o que muitos pensam ser verdade, até abrirem os olhos. Agora expliquem-me, porque eu devo estar a ver mal, como é que se justifica:
1) gastar mais de 10.000,00 euros num GPS para um instituto público - quando nos dizem que não há dinheiro para baixar as propinas aos alunos.
2) Aquisição de:1 armário persiana; 2 mesas de computador; 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas - pela módica quantia de 97.560,00 EUROS
3) Em Vale de Cambra , vai-se mais longe... E se pensam que o Ferrari do Cristiano Ronaldo é caro, esperem para ver quanto custa um autocarro de 16 lugares para as crianças. 2.922.000,00 €. É isso mesmo: quase 3 milhões de euros???
4) No Alentejo , as reparações de fotocopiadoras também não ficam baratas: Reparação de 2 Fotocopiadores WorkCentre Pró 412 e Fotocopiador WorkCentre PE 16 do Centro de Saúde de Portel: 45.144,00 €
5) Ao menos em Alcobaça , a felicidade e alegria das crianças fala mais alto: 8.849,60€ para a Concentra em brinquedos para os filhos dos funcionários da câmara! Crianças... se não receberam uma Nintendo Wii no Natal, reclamem ao Pai Natal, porque alguém vos atrofiou o esquema!
6) Mas voltemos ao Alentejo, onde - por uns meros 375.600,00 Euros se podem adquirir: " 14 módulos de 3 cadeiras em viga e 10 módulos de 2 cadeiras em viga. Ora... 14x3 + 10x2 = 62 cadeiras... a 375.600,00 euros dá um custo de...6.058,00 Euros por cadeira!Mas, pensando bem, num país onde quem precisa de ir a um hospital passa mais tempo sentado à espera do que a ser atendido - talvez justifique investir estes montantes no conforto dos utentes...
7) Em Íhavo , a informática também está cara, 3 computadores e mais uns acessórios custam 380.666,00 €. Sem dúvida, uns supercomputadores para a Câmara Municipal conseguir descobrir onde andam a estourar o orçamento.
8) Falando em informática, se se interrogam sobre o facto da Microsoft ser tão amiga do nosso País, e de como o Bill Gates é, ou era, o homem mais rico do mundo... é fácil quando se olham para as contas: Renovação do licenciamento do software Microsoft: 14.360.063,00 €. Já diz o ditado popular: Dezena de milhão a dezena de milhão, enche a Microsoft o papo! Já agora, isto dava para quantas reformas de pessoas que trabalharam uma vida inteira?
9) Mas, para acabar em pleno, "cagar na capital fica caro" meus amigos!
A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa gastou 5.806,08 € em 9072 rolos de papel higiénico. Ora, uma pesquisa rápida pela net revelou-me que no Jumbo facilmente encontro rolos de papel higiénico (de folha dupla, pois claro! - pois não queremos tratar indignamente os rabos dos nossos futuros doutores) por cerca de 0,16 Euros a unidade... Mas na Faculdade de Letras, aparentemente isso não é suficiente, e o melhor que conseguiram foi um preço de "0,64 Euros a unidade!" Se comprassem no Jumbo, teriam pago apenas 1.451 euros pelo mesmo número de rolos de papel higiénico. É "apenas" quatro vezes mais do que qualquer consumidor consegue comprar e sem sequer pensarmos no factor de "descontos" para tais quantidades ndustriais.
Como é que é possível justificarem estas situações? Que, como se pode imaginar, não são as únicas. Se continuasse a pesquisar nunca mais parava - como por exemplo, os mais de 650 mil euros gastos em vinho tinto e branco em Loures. Leitores de Loures, não têm por aí nada onde estes 650 mil euros fossem melhor empregues??? É preciso ser doutor, ou engenheiro, ou ministro, ou criar uma comissão de inquérito, para perceber como o dinheiro dos nossos impostos anda a ser desperdiçado? Isto até me deixa doente... é mesmo deitar o dinheiro pela retrete abaixo (literalmente, no caso da Faculdade de Letras de Lisboa!)
Querem mais? Divirtam-se no "portal da transparência":
http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/List.aspx
Recebido por e-mail.
9 de fevereiro de 2009
Michael Moore em Cuba.
Moore viajou a Cuba com três voluntários que tinham trabalhado nas ruínas do World Trade Center, em Nova York, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, os voluntários sofrem de problemas de saúde desde que actuaram naquele local e têm dificuldade de acesso aos tratamentos públicos nos Estados Unidos. Perante isso, eles decidiram ver que tipo de atendimento médico encontrariam em Cuba, cujo governo comunista se orgulha da qualidade dos seus hospitais. Excerto do documentário "Sicko" (S.O.S. Saúde), de Michael Moore. Vejam, porque eu não vou fazer mais nenhum comentário...
O crescimento dos altos salários está a acentuar as desigualdades.
"O economista e professor do Instituto Superior de Economia e Gestão Carlos Farinha Rodrigues diz que a distância entre quem ganha salários altos e quem está no nível mais baixo da tabela de remunerações é cada vez maior. Para uns, os ordenados aumentam a uma “velocidade supersónica” Para a grande maioria evoluem a passo de caracol. O investigador defende ainda que o combate efectivo à pobreza implica um modelo económico mais justo e uma política fiscal com maior capacidade redistributiva. (...) O economista e o investigador devem chamar a atenção para o que consideram ser os problemas da sociedade em que vive. Em Portugal temos uma das maiores taxas de pobreza e desigualdade da Europa mas não há uma grande consciência social. Por exemplo, a União Europeia publica anualmente um Eurobarómetro sobre os problemas que mais preocupam as pessoas. Para os portugueses, a pobreza e a desigualdade vêm em quinto, sexto ou sétimo lugar. Infelizmente, na nossa sociedade existe uma passividade e uma desculpabilização em relação a estes fenómenos. (...) Para grande parte dos trabalhadores portugueses, os nossos salários são muito inferiores à média europeia. Mas o salário dos dirigentes de topo das empresas (que hoje estão aqui e amanhã em Madrid ou em qualquer país do mundo) não é negociado tendo em conta o mercado de trabalho português. Estão noutro campeonato. São padrões que não são os nossos. (...) A emergência de novas formas de pobreza, ligadas à concentração urbana ou à toxicodependência, surge quando os factores mais tradicionais de pobreza já estavam resolvidos. Em Portugal infelizmente, a nova pobreza nasce quando ainda não tínhamos resolvido a pobreza tradicional, mais rural. Temos duas placas tectónicas de pobreza que se sobrepõem, dificultando a identificação das suas causas e das políticas sociais necessárias para a combater. São precisas várias formas de combater a pobreza e vários actores. Há um debate tolo sobre quem deve resolver este problema: se o Estado, se a sociedade civil. Têm de ser os dois. O Estado não se pode demitir das suas responsabilidades de através da política social e económica contribuir para uma sociedade mais justa. (...) Penso que mais do que falar em prioridades é importante que se considere como um todo o processo de criação da riqueza e da sua distribuição. Muitas vezes ouve-se dizer que é preciso criar primeiro a riqueza para depois esta poder ser distribuída. Não concordo com esta ideia. O modelo económico de criação de riqueza que existe é ele próprio criador de desigualdades e de pobreza. A actividade produtiva e o trabalho em particular devem ser encarados não somente numa perspectiva de eficiência mas também de equidade. Estou convencido que é possível caminharmos para um modelo que seja simultaneamente mais justo e mais eficiente. (...)"
Entrevista de Ana Rute Silva aqui.
Pois é, a eterna questão da distribuição da riqueza. Este economista não teve medo e disse o que deve ser dito. Se tem abordado os valores dos rendimentos dos gestores de Empresas Públicas teria de ter dito alguns palavrões em português vernáculo. É que não há quem se aguente com tanta injustiça!
6 de fevereiro de 2009
O regresso do F.M.I.. Por Saldanha Sanches.
Mesmo quando o escudo não pode ser desvalorizado porque já não existe: aquele corte brusco dos salários, dos lucros, dos juros e do valor de todos os activos expressos em escudos já não é possível, a cura vai ser mais lenta, mas o endividamento não pode prosseguir. Contra nós e a nosso favor está o ambiente internacional: é muito mais difícil exportar na situação actual mas uma dívida elevada não é um problema muito original. É bom e mau para Portugal que haja situações ainda mais críticas e mais pigs (o I agora quer dizer Itália+Irlanda) do que se pensava. O Reino Unido não está muito longe. A Alemanha - o país sensato e aforrador - vai-se opor a qualquer solução que lhe pareça constituir o triunfo dos porcos mas precisa de mercados para exportar. A situação é má mas uma saída acabará por se desenhar. Tal como sucedeu nas crises do FMI.
Adenda: se há coisa que não nos fazia falta é o nosso primeiro-ministro a braços com o Freeport. Em vez da satisfação perversa que costuma acompanhar estes casos o que vemos desta vez é um sentimento geral de depressão pela inoportunidade desta distracção."
Artigo aqui.