O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) admite que existem desigualdades regionais no acesso aos cuidados de saúde. Santos Almeida considera que as diferenças no que respeita à taxa de sobrevivência ao cancro consoante as regiões é mais um sinal destas disparidades. As pessoas que vivem em Lisboa ou Vale do Tejo têm mais hipóteses de sobreviver a um cancro do que as que habitam noutras regiões do país. A conclusão vai ser apresentada, esta quarta-feira, nas jornadas do Registo Oncológico do Sul. Numa reacção a este dado, o presidente da Entidade Reguladora da Saúde reconhece que as desigualdades existem no acesso aos cuidados de saúde e diz que não ficou surpreendido. «Temos conhecimento pelos jornais de que existem desigualdades regionais no acesso a cuidados de saúde e este é mais um dos sinais dessa desigualdade. O princípio geral de que o acesso não é totalmente equitativo em termos regionais isso não é novidade», afirma. Santos Almeida alerta para a necessidade de, tal como acontece no Sul do país, também a Norte passar a existir um registo de todos os casos de cancro. «É sempre fundamental conhecer a informação toda para fazermos o planeamento adequado da prestação de cuidados de saúde. Neste caso tratando-se ainda por cima de uma doença tão grave, com grande incidência na população portuguesa, mais importante será», salienta.
Notícia aqui.
Como referi aqui, as assimetrias regionais não são apenas estatística, promovendo a desigualdade entre cidadãos de um Estado que se diz unitário e onde todos têm os mesmos direitos. Se por azar tiverem um tumor já sabem, o melhor é mudarem-se para a região de Lisboa e Vale do Tejo...
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