28 de outubro de 2008

Marktest analisa assimetrias regionais.

Para que não pensem que nesta casa apenas se publicam textos com determinada origem, logo com propensão a serem tendenciosos, segue-se uma análise efectuada pela Marktest sobre as assimetrias regionais em Portugal. Em especial o mapa 2 apresentado, é de fazer corar de vergonha qualquer responsável político, caso eles tivessem vergonha e fossem minimamente responsáveis... São responsáveis, isso sim, pela macrocefalia da região de Lisboa em detrimento de uma equilibrada distribuição de investimento, riqueza e oportunidades pelo território nacional, que se traduz em falta de coesão económica e social, desenvolvimento não sustentado e ausência de equilíbrio da competitividade territorial. Por esta via, cada vez mais nos afastamos:
-da criação de um sistema urbano equilibrado e policêntrico onde seja possível a complementaridade e cooperação entre cidades dinâmicas, atractivas e competitivas.
-da igualdade de acesso às infra-estruturas e ao conhecimento com uma utilização mais eficaz e sustentada das infra-estruturas, assim como uma difusão do saber e da capacidade de inovação.
-da gestão e desenvolvimento sustentáveis do património natural e cultural.


Neste grupo de 25 concelhos contam-se Lisboa, Porto, Sintra, Oeiras, Vila Nova de Gaia, Cascais, Loures, Almada, Coimbra, Matosinhos, Braga, Amadora, Seixal, Setúbal, Guimarães, Leiria, Gondomar, Santa Maria da Feira, Maia, Loulé, Vila Franca de Xira, Odivelas, V. N. de Famalicão, Viseu e Aveiro.
Destes, 11 concelhos situam-se na área da Grande Lisboa (até Setúbal), 7 na região do Grande Porto e 1 no Algarve. Para além de Leiria e Aveiro, que são concelhos do litoral, apenas 4 são concelhos do interior (Braga, Coimbra, Guimarães e Viseu), sendo três deles capitais de distrito.

Concelhos que concentram 50% do poder de compra do Continente indicados a laranja.


Ainda acham que o Estado é unitário? Só se for na cobrança de impostos! Para combater este estado de desiquilíbrio e estabelecer uma ligação profícua à União Europeia, onde estamos inevitavelmente integrados, através de Espanha é necessário trabalho árduo e bem orientado, coisa que manifestamente não aconteceu nestes 22 anos já passados.

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