Artigo aqui.
Uma excelente reflexão esta sobre o estado da justiça em Portugal, que apenas peca por nos deixar sem esperança de que a investigação venha a chegar onde deve...
Por isso é que gostam tanto de a foder...
A Energia.
Nestas e em outras cidades flutuantes ou plataformas, poderosas turbinas alimentadas pelo vento podem captar as brisas oceânicas para produzir energia. Os geradores alimentados pelo vento ou pelo Sol encontram-se geralmente localizados nos conveses superiores. Também a água fria encontrada nas profundezas dos oceanos pode ser bombeada para a superfície para, através da conversão de diferenças de temperatura, produzir mais energia eléctrica. Só este último processo de produção de energia seria suficiente para garantir as necessidades energéticas da respectiva cidade.
Aquacultura Marinha.
A aquacultura marinha, enquanto produção planificada de colheitas de espécies marinhas e de comunidades de peixes, pode ser concebida para acolher mais do que um tipo de vida marinha. Uma relação simbiótica mútua pode ser estabelecida ao mesmo tempo que se procuram simular as condições naturais com a maior proximidade possível. Uma grande variedade de plantas aquáticas pode ser cultivada em várias camadas suspensas por cabos em campos submersos junto às cidades marítimas. Em muitos dos casos pode haver colheita automática da parte superior dessas plantas, deixando as raízes e restante parte das plantas para novas colheitas que não necessitarão assim de nova plantação.
Estas plataformas oceânicas flutuantes seriam equipadas com unidades de dessalinização operadas através da energia solar, que extrairiam água doce para as culturas hidropónicas e outros usos que necessitassem dessa água. Também os nutrientes encontrados nas águas profundas podem ser aproveitados para alimentar a aquacultura marinha. Como decorre de todo o espírito do projecto, também as áreas de produção de aquacultura e aquacultura marinha seriam sujeitas a monitorização internacional interactiva.
Estas práticas tornariam possíveis os complexos de aquacultura marinha sustentáveis, introduzindo os mais avançados princípios de poli-cultura que garantem a manutenção da reprodução e do equilíbrio natural entre espécies. Todas as precauções seriam tomadas para prevenir a perturbação ou dano das áreas de desova que têm alimentado a raça humana durante séculos.
Transporte.
Estruturas flutuantes de grandes dimensões podem ser equipadas com instalações de carga e armazenamento aptas a receber navios e respectiva carga. Grandes navios que processam alimentos durante a sua marcha podem também transportar passageiros e carga para essas cidades no mar.
O convés superior das cidades marítimas disporia de uma zona de aterragem para helicópteros ou aeronaves de descolagem vertical, os DAV (Descolagem e Aterragem Vertical). Unidades de deslocação computorizadas garantiriam a movimentação vertical, horizontal e radial dentro destas instalações.
Empreendimento Conjunto.
Onde se considere a instalação de um projecto desta magnitude é imperativo que os benefícios daí resultantes sejam partilhados, como se verificará para todos os outros recursos, de igual forma por toda a comunidade global. A riqueza mineral dos oceanos, assim como todos os outros recursos do nosso planeta, devem ser partilhados por todas as nações como sendo a herança comum da humanidade.
Uso.
Algumas dessas cidades poderiam ser mais vocacionadas para o ensino universitário e centros de investigação, onde estudantes de todo o mundo teriam a possibilidade de estudar ciências marinhas e gestão de recursos. Poderiam ainda desempenhar funções de estações de monitorização das correntes oceânicas, dos padrões meteorológicos, da ecologia marinha, poluição e de fenómenos geológicos. Para garantir uma exploração marítima mais eficaz seriam concebidos robots submersíveis acessíveis a todos.
Outras plataformas construídas no mar teriam outros usos como albergar sistemas para lançamento de foguetes. Se os veículos espaciais forem lançados da linha do Equador pode poupar-se energia porque esse é o local do planeta que se move a maior velocidade. Assim, a localização de bases para lançamento de foguetes na linha do Equador tiraria toda a vantagem da rotação da Terra para obtenção de um impulso adicional, diminuindo a necessidade de propulsores de queima para se atingir a órbita geocêntrica (a órbita onde os satélites acompanham o movimento da Terra e permanecem em posição estacionária relativamente a ela). Para as órbitas polares localizar-se-iam as plataformas de lançamento ao largo da costa Oeste dos Estados Unidos, munidos de controlo computadorizado e sistemas de comando localizados em navios ou nas próprias plataformas.
Mas nem todas as áreas dos oceanos precisam de ser utilizadas como bases para desenvolvimento tecnológico. Vastas áreas podem ser reservadas para melhoramento e preservação naturais, constituindo-as como áreas prioritárias da preservação global.
Por exemplo, as áreas de bancos de areias e zonas pouco profundas das Caraíbas e Esmeralda constituem as zonas com mais claras águas nas Bahamas e um dos mais belos atóis de coral do Hemisfério Ocidental. As águas que rodeiam estas ilhas variam de matizes entre o azul profundo próprio da Corrente do Golfo até às cintilantes sombras de verde-esmeralda. Áreas semelhantes existem no Pacífico do Sul e em muitas outras zonas pelo mundo fora, onde milhares de quilómetros de linha de costa continuam libertas de ocupação e habitação humanas. Num novo espírito de efectiva cooperação mundial, muitas destas zonas podem ser reservadas para parques marinhos internacionais que promovam a educação e o lazer de todos. Nestas áreas excepcionais a única intervenção humana deverá ser a de preservar e proteger os santuários aquáticos aí existentes.
Estilos de Vida nas Cidades no Mar.
As futuras cidades no mar podem proporcionar novos e fascinantes estilos de vida para milhões de habitantes, assim como servir de destino para todos aqueles que as queiram visitar. Algumas delas podem destinar-se a parques internacionais subaquáticos onde os visitantes podem observar de perto os grandes corais protegidos do mundo. Mediante grandes janelas subaquáticas poder-se-ão observar as maravilhas deste ambiente peculiar com absoluto conforto e, através de uma cadeira cibernética, poderão comunicar directamente com golfinhos e outras formas de vida marinha. Também podem ser organizadas expedições de mergulho pelas escotilhas de ar e permitir às pessoas que participem na investigação, na navegação, no mergulho de observação, assim como em outras actividades possíveis nas cidades do mar, tanto na superfície com abaixo dela, sem que seja perturbado o equilíbrio do ambiente marinho.
A Construção.
As grandes estruturas oceânicas seriam construídas tanto acima com abaixo do nível do mar e representariam um espectacular feito de engenharia dotado de acessos para aviões, navios e submarinos. Um dos projectos mais eficientes teria uma configuração circular com múltiplos pisos, fabricado em aço, em vidro de alta resistência e em betão pré-esforçado reforçado com fibra de carbono.
Algumas destas estruturas seriam flutuantes enquanto outras seriam construídas sobre pilares com barreiras flutuantes, que previnem os efeitos nefastos para a estrutura de ventos e marés fortes. Em águas mais profundas as plataformas flutuantes podem ser ancoradas ao fundo do mar para obterem assim maior estabilidade. Há ainda a possibilidade de haver plataformas que flutuem livremente, com auto-propulsão e grande estabilidade garantida por colunas de 6 metros de diâmetro que penetram cerca de 45 metros dentro de água. Para manter as plataformas estáveis em qualquer tipo de condições atmosféricas, as partes inferiores destas colunas estabilizadoras conteriam uma série de discos que se estendem para o exterior da própria coluna cerca de 2 metros e espaçados entre si 3 metros. Uma cintura envolvendo todo o projecto actuaria como quebra-ondas para a protecção adicional do complexo.
Algumas destas cidades podem ser construídas nos países tecnicamente mais desenvolvidos, sendo depois transportadas para os seus destinos em secções ou como sistemas operacionais completos, à semelhança do que acontece actualmente com as plataformas petrolíferas que operam em alto mar. Diferentes configurações podem ser obtidas através de estruturas variáveis, montadas no local e modificadas de acordo com as necessidades de diferentes funções, tendo ainda a capacidade de serem desmontadas e deslocadas para outro local, se tal se revelar necessário.
Outras estruturas situadas acima da superfície do mar e ancoradas ao seu fundo serviriam como eficientes bases para a exploração de minérios. Estas estruturas em forma de cúpula poderiam ser praticamente todas automatizadas e os seus níveis de flutuação ajustados através do alagamento ou drenagem das câmaras de flutuação. Elas seriam construídas em doca seca, transportadas para o seu destino e então submersas e ancoradas no devido local. Um sistema de doca flutuante, que sobe e desce acompanhando as marés e que albergue instalações de superfície e submersas pode também fazer parte deste projecto.
Todo o desenvolvimento marinho deve estar em sintonia com a capacidade de reposição e sustentabilidade próprios do ambiente marítimo. No futuro, antes da construção de qualquer destas estruturas, os projectistas deverão antes estimar todos os eventuais impactos negativos em toda a hidrosfera como os rios, os estuários, lagos e oceanos.
Na senda do levantar da ponta do véu aqui ilustrada no excelente trabalho de José Carlos Guinote, a que se junta a investigação geral de Maria José Morgado sobre corrupção urbanística, futebol e financiamento ilegal de partidos políticos, nada falta para que se despolete em Portugal a investigação deste gigantesco polvo que nos vai sugando recursos e destruindo as nossas cidades e paisagens. Minto! Falta a famigerada vontade política. Também seria demais exigir aos políticos que actuassem contra as suas próprias trafulhices...
O primeiro serviço ainda está fresco na memória. Ricardo Pimenta tinha 15 anos e estava de piquete no quartel dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste. Tinham sido chamados para a remoção de um cadáver de alguém que tinha morrido em casa. Quando lá chegaram, viram "uma senhora caída com a massa encefálica à mostra. A polícia disse que já devia estar morta há quatro dias". (...) Ricardo e Fabian são adolescentes voluntariosos, mas sem a clara noção de que para "ajudar os outros" estão a violar a lei. Como eles, um pouco por todo o país há menores de idade a participar em operações que lhes são interditadas. Ana e Sílvia de 13 e 17 anos, dos BV do Fundão, já acudiram a emergências, e a mais nova não esquece uma situação em que uma senhora lhe desmaiou nos braços. Desde Junho de 2007 que "é vedado o exercício de actividade operacional" aos infantes e cadetes dos bombeiros. Ou seja, estão proibidos de transportar doentes para uma consulta ou um tratamento hospitalar, de irem buscar pessoas que morreram em casa, deslocarem-se a uma situação de emergência ou ajudarem no combate aos fogos, mesmo como figuras de segunda linha. (...) "Nestas idades, os mecanismos de reacção à adversidade ou a capacidade de compreensão não são as mesmas que as de um adulto", explica Jorge Silva, psicólogo e bombeiro voluntário. O psicólogo desconhece qualquer situação de um adolescente traumatizado, mas acha que "não devemos colocar menores ao serviço da comunidade". E sublinha: "Um miúdo de 13 ou 15 anos estará sempre mais vulnerável do que um adulto". Marcos e Sérgio, dos BV do Dafundo (ambos de 15 anos), dizem que a actividade dos bombeiros os faz «crescer como homens». Transportam doentes e participam em emergências. Questionada pelo Expresso sobre os casos de violação à lei, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) esclarece que, desde que a lei entrou em vigor, "não recebeu quaisquer denúncias, nem foram detectadas quaisquer situações anómalas". E que, "se o comando distrital tivesse conhecimento de situações, seriam de imediato tomadas as medidas adequadas ao esclarecimento dos factos e respectivo procedimento, junto de quem tem a responsabilidade de zelar pelo cumprimento e aplicação da legislação". (...)
Notícia completa aqui.
Certamente que não são situações tão graves como aquelas das crianças que trabalham com explosivos, fogo-de-artifício e a fazer sapatos mas, como reconhece o psicólogo e também bombeiro voluntário Jorge Silva, os mecanismos de reacção à adversidade ou a capacidade de compreensão não são as mesmas que as de um adulto... Claro que não são, por isso é que existe a lei! Imaginem-se com 15 anos a ter de meter uma moleirinha com 4 dias de "arejamento" de volta na caixa...