A Comissão Europeia lançou nesta terça-feira uma campanha de luta contra as desigualdades salariais entre homens e mulheres, estimadas, em média, em 17% na Europa. "As mulheres estão cada vez mais expostas que os homens às consequências do abrandamento económico, porque ocupam com frequência empregos precários", destacou o Executivo europeu numa análise sobre a igualdade entre as mulheres e os homens, publicada pouco antes do Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março. Entre janeiro de 2008 e janeiro de 2009, a taxa de desemprego médio na União Europeia passou de 6,3% a 7,5% para os homens, e de 7,4% a 7,8% para as mulheres. Por enquanto, os novos desempregados são nitidamente mais numerosos entre os homens, a crise é particularmente marcada nos sectores mais masculinos da siderurgia e do sector automóvel. As mulheres estão super-representadas em empregos precários com base em contratos de curta duração. "A desigualdade dos sexos é maior do que nunca", admitiu o comissário europeu para o Emprego, Vladimir Spidla. Um estudo francês mostra que as empresas financeiras que têm mais mulheres nos postos decisórios se saem melhor na crise, destacou o comissário. Outro relatório, feito na Finlândia, com 15.000 pequenas e médias empresas, mostraram que estas empresas são 10% mais eficazes quando são dirigidas por mulheres. A diferença de salários entre homens e mulheres na UE, de 17,4% em média em 2007, pode representar numa vida inteira 160.000 euros de dinheiro não recebido. (...) "É inaceitável", considerou na terça-feira o comissário checo. O princípio de um salário igual para um trabalho igual está longe de ser respeitado na UE, disse. Assim, um estudo dinamarquês concluiu que a metade da diferença salarial constatada pode ser explicada pela discriminação directa.
Há 3 anos
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