E ver, ou rever, este de seguida!
30 de janeiro de 2010
28 de janeiro de 2010
Comunicado do Vereador do Turismo da Câmara Municipal do Porto.
Na sequência das notícias publicadas recentemente sobre a vergonhosa distribuição de verbas feita pelo Turismo de "Portugal", altamente vantajosa para a cidade-capital do País em detrimento do resto de Portugal, o Vereador do Turismo da Câmara Municipal do Porto, Vladimiro Feliz, distribuiu hoje - em Conferência de Imprensa - um Comunicado sobre a matéria, que segue em anexo. Através deste texto pode ficar a saber, por exemplo, que o Turismo de " Portugal" financiou a animação de Verão dos Coretos em Lisboa exactamente com a mesma verba que apoiou a edição da Red Bull Air Race no Porto, em 2008. Ou ainda que o dito Turismo de "Portugal" apoiou o Congresso dos Pasteleiros em Lisboa com uma verba idêntica àquela que serviu para financiar o Fantasporto.
CRITÉRIOS DO TURISMO DE PORTUGAL:
O ESPELHO DE UM PAÍS SEM JUÍZO NEM DECÊNCIA
Como é do conhecimento geral diversos órgãos de comunicação social trouxeram a público uma realidade que nada contribui para o desenvolvimento sustentado do país. A forma tendenciosa como são distribuídos incentivos por parte do Estado Central, neste caso concreto na área do Turismo. Não estando ainda em funções o Conselho Metropolitano de Vereadores, órgão que em circunstâncias normais assumiria este dossier, decidiu a CMP chamar a si a esta questão. São por demais evidentes as discrepâncias na atribuição de dinheiros públicos por parte do Turismo de “Portugal”. Se é verdade que o Distrito de Lisboa é o contemplado com a grande fatia dos apoios ao sector do Turismo, 49 M€ contra 21 M€ para o resto do país, a situação ainda é mais gritante quando verificamos que desses 49 M€ alocados ao distrito de Lisboa, 43 M€ foram dirigidos ao Concelho de Lisboa, ou seja 61% dos apoios concedidos pelo Turismo de “Portugal” em 2008 foram directamente para o Concelho de Lisboa, sendo os restantes 39% distribuídos pelo resto do país. O segundo distrito é Leiria com apenas 4,8 M€. Esta situação em nada incentiva a boa gestão dos dinheiros públicos; e muito menos ajuda a dinamizar a economia nacional, designadamente da região Norte. Conhecidas que são as dificuldades financeiras da autarquia Lisboeta, decorrentes de erros sucessivos de diversas lideranças autárquicas, o Estado Central, em vez de impor uma gestão criteriosa dos dinheiros públicos, dá precisamente o sinal contrário, através das entidades por si tuteladas, premeia - atribuindo neste caso a esmagadora maioria dos fundos dirigidos ao Turismo, ao Concelho de Lisboa. Mas é também preocupante a disparidade com que eventos estruturais são tratados, por exemplo:
Da Estufa Fria,
Da 1.ª fase do Pavilhão Carlos Lopes.
Pagos na totalidade por verbas concedidas pelo Turismo de Portugal, num investimento superior a 12,8 M€, são a clara antítese do investimento em curso para a recuperação do Palácio de Cristal, em que o investimento global será de 18,5 M€, sendo 9,7 M€ suportados pela CMP, 5,8 M€ financiados pelo POVT no âmbito do QREN e 3 M€ por parceiros privados ou seja 0 € pelo Turismo de “Portugal”. Saliente-se neste caso o significativo esforço financeiro da CMP, através da Porto Lazer, num evento extremamente relevante para a promoção do Turismo de negócios na Cidade e na Região. Neste âmbito gostaria ainda de partilhar convosco um conjunto de outros investimentos, todos eles financiados a 100%, pelo Turismo de “Portugal”. O projecto de “Mobilidade Pedonal em Zonas Históricas de Lisboa”, no valor global de 11,6 M€, o projecto de “Requalificação e Valorização Cultural de Lisboa”, no valor global de 10,5 M€, O projecto de “Requalificação e Dinamização da Rede de Miradouros e Jardins”, no valor global de 2,3 M€, O projecto “Ao Domingo o Terreiro do Paço é das pessoas”, no valor global de 600 K€, O projecto de “Redes pedonais e percursos cicláveis de Lisboa”, no valor global de 1,17 M€. Neste caso concreto, no Porto, a ciclovia foi construída com base nas verbas libertadas pelos ganhos de eficiência na gestão da Empresa Águas do Porto, numa clara discrepância com a estratégia aqui evidenciada pelos organismos tutelados pelo Estado Central, que em vez de darem sinais claros na penalização de maus exemplos na gestão de dinheiros públicos, tomam precisamente a medida contrária! A estratégia seguida pelo Turismo de “Portugal” é ainda mais curiosa quando verificamos que, por exemplo, o projecto de animação dos coretos de Lisboa em 2008 mereceu o mesmo apoio que … a primeira edição do Red Bull Air Race, 300 k€. E, ainda, O Campeonato Mundial de Jovens Pasteleiros (CMJP) em Lisboa teve direito a 50.000 € - o mesmo que o Fantasporto.
É esta atitude de total incoerência e incompetência, que trata eventos com impacto claramente diferente na promoção turística do país, de forma semelhante que hoje repudiamos aqui, e salientamos que este tratamento parcial ocorre sempre com claro benefício para a Cidade de Lisboa. É por essa razão que seguiremos atentamente o modelo de financiamento do Red Bull Air Race Lisboa por parte do Turismo de “Portugal” e de outras entidades com interesse do estado, não porque algo nos mova contra a alternância de eventos no país, aliás até a defendemos, mas porque entendemos que Portugal é extremamente pequeno para que andemos a concorrer entre nós pelos mesmos eventos, com claro prejuízo para a boa gestão dos dinheiros públicos. Assim, e face a esta VERGONHA e face esta completa ausência de respeito pelo País iremos:
- Pedir aos grupos parlamentares do PSD e do PP, que confrontem e recolham esclarecimentos do Governo relativamente aos apoios concedidos pelo Turismo de “Portugal” ao longo dos últimos anos. Falamos destes 2 grupos parlamentares pois são aqueles que suportam a maioria que hoje governa a CMP, mas veremos com bons olhos que outras forças partidárias se associem a esta causa, no sentido de promover uma maior coesão e sustentabilidade Nacional.
- Alertar o Sr. Presidente da República de Portugal para esta revoltante situação.
- Solicitar o Sr. Presidente do Instituto do Turismo de “Portugal” uma explicação para esta situação e qual a previsão para 2010.
Porto, 22 de Dezembro de 2009
23 de janeiro de 2010
Outra vez não. Por Mário Crespo.
Ainda olhas para estas coisas e achas que não vale a pena lutar? Ou continuas a achar, influenciado pelos "opinion maker" ou desmaker, tanto faz, que tudo não passa de uma teoria da conspiração?
Petição à Assembleia da República - PELO ALARGAMENTO DO ACESSO AO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO.
Tá de assinar aqui!
22 de janeiro de 2010
Flor de la Mar - A Bela Adormecida.
A Flor de la Mar, nau de 400 toneladas construída em Lisboa em 1502. Neste ano e sob o comando de Estevão da Gama (irmão de Vasco da Gama), sulca os mares em direcção à India. A segunda viagem acontece em 1505 e, ao dobrar o Cabo da Boa Esperança, sofreu um rombo no casco reparada em Moçambique. Participa na conquista de Ormuz, em 1507 na batalha de Diu, em 1509 na conquista de Goa, em 1510 e em 1511 na conquista de Malaca. Afonso de Albuquerque utilizou-a para transportar de Malaca o espólio tomado na conquista do entreposto comercial rico e o mais significativo de toda a Àsia. (...)
A nau não venceu a tormenta que pairou no estreito de Malaca na noite de 20 de Novembro de 1512. Ficou sepultada a “bela adormecida” na base do mar com: ouro, pedras preciosas, obras de arte, mercadorias exóticas, adornos que o grande capitão da Índia desejaria que servissem de vaidade e decoração fúnebre do seu mausoléu. (...)
Aos Amigos.
De paixão.
Vitorino - Álbum "Flor de la Mar", sobre poema de Herberto Helder
É isto que deve ser dito sobre a tragédia no Haiti.
1. Por norma, não vejo telejornais. Tenho a impressão de que os ditos telejornais desinformam em vez de informarem. Os jornais na TV raramente têm alguém a explicar, com calma, as diversas questões do dia. E isso é um problema, porque as imagens não explicam nada. Nós podemos visionar imagens do Haiti durante meia-hora, e, mesmo assim, podemos ficar sem uma ideia fidedigna sobre aquilo que se está a passar no Haiti. O nosso raciocínio é feito com palavras e números. Ora, ao ser baseado na imagem, o telejornal apela sobretudo à emoção. É por isso que os ditos telejornais - na CNN ou na Al Jazeera - tendem a ser irracionais e emotivos. Sem os jornais em papel, os telejornais levar-nos-iam para a idade média.
2. A face mais negra desta desinformação da TV surge durante as grandes catástrofes. Os repórteres acham que têm de mostrar o "homem sensível" que está antes do "jornalista". E, por isso, começam a adjectivar tudo. Como se a morte e a tragédia precisassem de adjectivos. Há dias, vi uma reportagem pornográfica que me enjoou até à medula: a dita reportagem sobre a desgraça haitiana tinha partes em slow motion, que, ainda por cima, estavam acompanhadas por uma banda sonora a pedir choro. Colocar um violino lamechas em cima de uma fractura exposta é pornografia emocional, meus amigos. E é também um enorme desrespeito pelas pessoas que estão, de facto, a sofrer com aquela calamidade.
Artigo aqui.
18 de janeiro de 2010
Coitadinha, ela merece...
Recebido por e-mail.
16 de janeiro de 2010
Open your mind...
11 de janeiro de 2010
Direitos e deveres sociais.
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
a) Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social;
b) Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais;
c) Estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral, e o acesso à habitação própria ou arrendada;
d) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações, tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criação de cooperativas de habitação e a autoconstrução.
3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
4. O Estado, as regiões autónomas e as autarquias locais definem as regras de ocupação, uso e
transformação dos solos urbanos, designadamente através de instrumentos de planeamento, no quadro das leis respeitantes ao ordenamento do território e ao urbanismo, e procedem às expropriações dos solos que se revelem necessárias à satisfação de fins de utilidade pública urbanística.
5. É garantida a participação dos interessados na elaboração dos instrumentos de planeamento urbanístico e de quaisquer outros instrumentos de planeamento físico do território."
Fartei-me de dar voltas à cabeça sobre a forma como deveria abordar esta questão essencial na vida das pessoas. Primeiro pensei tirar imagens elucidativas do péssimo urbanismo presente nas várias capitais de distrito, como forma de dar uma vista geral do país. Depois pensei em relatar o fiasco a que ficaram votadas as cooperativas de habitação social, quase todas na falência ou transformadas em agências imobiliárias tão especulativas como as outras. Também ponderei fazer uma resenha crítica da actuação dos agentes urbanizadores, públicos e privados, nestes últimos 36 anos. Depoi, vi a notícia que se segue e pareceu-me suficientemente elucidativa...
O malfadado triunvirato da corrupção nacional.
Notícia aqui.
Não, não é Fátima, Futebol e Fado! É o já mais do que identificado Patos Bravos, Câmaras e Futebol...
Clarinho como água...
Também me parece...
Artigo aqui.
4 de janeiro de 2010
Quando a Igreja se envergonha a si própria...
A denúncia é feita pelo presidente em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza, mas já remonta ao dia 5 de Setembro de 2009, data em que o cónego Manuel Martins foi dispensado das funções de pároco da Sé do Funchal e deslocalizado para Machico e Ribeira Seca. «Na região da Madeira, o meu colega, que era pároco da sé catedral do Funchal, porque falou nas missas da defesa das crianças, dos pobres do Funchal, teve atrás dele uma comissão do Governo do Madeira para investigarem se ele era comunista. Como se nós tivéssemos num país não sei o quê», disse Jardim Moreira à RTP, falando em pressões constantes. «Por defender e falar da pobreza é colocado numa aldeia», frisou, considerando que «este caso tem de ser denunciado, porque não é possível que no Estado português, onde há separação do Estado e da Igreja, não haja liberdade de pregar pela defesa dos pobres e que isso seja penalizado». «Temos regiões do país onde não é permitido pregar o evangelho, o amor, apontar as mazelas reais», frisou. O cónego Manuel Martins foi afastado do cargo a 5 de Setembro, segundo decreto do Bispo do Funchal, D. António Carrilho, tendo tomado posse em Machico a 26 do mesmo mês. Foi substituído pelo cónego Vítor dos Reis Franco Gomes. Na altura, Manuel Martins assegurou que saiu da Sé por razões pessoais, mas agora surge a confirmação das suspeitas levantas então, de que seria por motivos políticos.
Notícia aqui.
Palavras para quê?