Diretores, donos de canais de televisão e jornais privados venezuelanos solicitaram financiamento a representantes dos Estados Unidos para manter seus respectivos meios de imprensa, denunciou a advogada e investigadora Eva Golinger. Com base em um documento vazado pelo site WikiLeaks, Golinger destacou que o dono do jornal El Nacional, Miguel Henrique Otero, e os da Globovisión, Nelson Mezerhane e Guillermo Zuloaga, se reuniram em 2010 com o diplomata amaericano Patrick Duddy.
Segundo um documento datado de 23 de fevereiro de 2010, Otero perguntou se o governo dos Estados Unidos podia ajudar a manter vivo o jornal ou se a embaixada sabia de fontes de financiamento privado no exterior. Para o fechamento de El Nacional, Otero dava como prazo máximo abril de 2010. No entanto, o jornal continua circulando de forma diária até hoje.
Duddy também recebeu Mezherane e Zuloaga, que agora vivem no estado da Flórida, antes que fugissem da Venezuela depois de serem acusados de vários crimes financeiros. Segundo Eva Golinger, outros documentos do Departamento de Estado norte-americano evidenciam o processo de seleção e cooptação de jornalistas que trabalham em meios privados.
O processo decorre sob a fachada de um programa de intercâmbio internacional — mas o verdadeiro objetivo é financiar profissionais da imprensa com influência para promover os interesses de Washington. Entre esses jornalistas mercenários, a advogada mencionou Miguel Ángel Rodríguez, agora deputado da Assembleia Nacional, que recebeu milhares de dólares para realizar trabalhos de investigação e receber oficinas de formação nos Estados Unidos.
Notícia aqui.
Tal como defende aqui Noam Chomsky, o controlo das populações através da comunicação social (maioritariamente dependente de grandes grupos económicos e da banca) é um facto usado até à exaustão. Não aparece no telejornal? Pois não amigo. Abre a pestana!
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