A corrupção é um perverso imposto pago duplamente pelos cidadãos, que suportam o aumento de custos que advém do crime e suportam um serviço ineficaz. Quando algum responsável público é subornado em um milhão de euros, o custo para os contribuintesé de várias dezenas de milhões, porque a margem de lucro dos corruptores costuma ser elevadíssima. Por outro lado, a corrupção favorece cartéis e clientelas que não se preocupam com o serviço prestado, prejudicam a economia e atrasam o País.
A transparência com os dinheiros públicos e a recompensa do mérito seriam excelentes aceleradores do tecido económico, uma vez que as melhores empresas, com melhores produtos e mais eficientes, seriam premiadas e esse sinal teria efeitos benéficos na economia e na qualidade da Democracia. Se Portugal tivesse sido implacável com a corrupção nas últimas décadas, provavelmente não estaríamos agora sujeitos a esta severa austeridade, nem o País viveria nesta apagada e vil tristeza, na antecâmara de uma bancarrota.
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