Menos de 1% dessa água potável (os tais 3% da água contida na Terra) é que está disponível para consumo humano directo ou, colocando a questão de outra forma, apenas cerca de 0,007% de toda a água do planeta está disponível para consumo humano directo, sem qualquer tratamento ou filtragem.
E como tratamos nós esse líquido precioso?
Um quarto da água potável que entra em nossas casas é utilizada em descargas de autoclismo, cada uma com um gasto de cerca de 11,5 litros de água! Já uma máquina de roupa gasta cerca de 150 litros, um duche de 10 minutos 190 litros, lavar os dentes com a torneira aberta 15 litros e com a torneira fechada 1 litro.
Mas há mais. É já certo que uma crise de disponibilidade de água está eminente, uma vez que as nossas fontes de água potável estão sob uma enorme pressão de exploração devido principalmente ao aumento da população mundial que, apenas no século XX, triplicou em número de habitantes tendo o consumo de água respectivo sextuplicado!
De acordo com estimativas científicas já elaboradas a este propósito, pela metade deste século XXI haverá no mundo um acréscimo de mais 3 biliões de pessoas, muitas das quais nascerão em países que actualmente já têm escassez de água.
Mas o que significarão esses números em termos de utilização da água?
De acordo com o mesmo estudo e só para dar um exemplo, a bacia hidrográfica de Los Angeles consegue alimentar o consumo de 1 milhão de habitantes com os seus recursos próprios, mas já no ano 2020 é esperada para aquele mesmo local uma população de cerca de 22 milhões! Para outras regiões dos Estados Unidos como El Paso ou San Antonio espera-se que a água se esgote, pura e simplesmente, dentro de 10 ou 20 anos e na Florida dentro de 5 anos ou até menos...
Mas há outros dados assustadores.
Milhões de pessoas pelo mundo fora sobrevivem com menos de 11 litros de água por dia, enquanto que a média de gasto diário nos Estados Unidos se cifra nos 605 litros por dia!
Só no ano passado, 25 milhões de refugiados tiveram de ser deslocados devido à contaminação dos rios que lhes forneciam água, o que significa um número superior àquele originado pela sua deslocação das zonas de guerra de onde tiveram de fugir inicialmente.
1 em cada 3 pessoas em todo o mundo não tem acesso a saneamento e 1 em cada 5 não tem acesso a água potável. De acordo com dados da O.N.U., morre uma criança a cada 15 segundos com doenças relacionadas com a falta de qualidade da água, o que leva a organização a considerar o problema de escassez de água potável no mundo como um problema muito sério. Há mesmo quem vaticine que se nos vai acabar a água antes que se acabe o petróleo.
Por força da exploração excessiva da água subterrânea, ela está praticamente esgotada em muitos países e como consequência do esgotamento desses aquíferos vem a redução das colheitas de cereais que conduz a uma maior escassez de alimentos e consequente aumento dos preços. A China por exemplo experimenta já um grande deficit de cereais relativamente ao seu consumo, o mesmo acontecendo com a Índia, Paquistão e Egipto. Deste modo o problema com a escassez de água está rapidamente a transformar-se num problema de fome.
Encontramo-nos num mundo sedento.
A indústria está sedenta...
A agricultura está sedenta...
Nós estamos sedentos...
É tempo de considerarmos com mais atenção a problemática da água e o uso que dela fazemos. Usar menos e poupar mais, não ficando paulatinamente à espera do dia em que ela não corra pela torneira...
Adaptado de Powerpoint recebido por e-mail.
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