Oliveira e Costa denunciou os ex-amigos, entregando à Justiça os dados das offshores por onde circulou dinheiro, e conseguiu ver a medida de coacção reduzida. O ex-patrão do BPN vai para casa com pulseira electrónica e é possível que daqui a pouco mais de três meses possa mesmo estar em liberdade. Em troca, o ex-secretário de Estado tem de continuar a colaborar, dando às autoridades dados reais.
Notícia aqui.
Já lá vai o tempo de Homens que sofriam as piores torturas que se podem infligir a um ser humano sem que quebrassem e denunciassem, embora isso pudesse significar o alívio do seu martírio ou mesmo a libertação, os seus companheiros de luta. Os bufos, que obviamente os houve, ficavam imediatamente identificados na memória colectiva como gente de pouca fibra, de pouca tempra, características que provêm da força das convicções e da distinção clara entre o que está certo e o que está errado ou, na simplicidade da moral católica, entre o bem e o mal. Com os envolvidos do caso BPN não há sequer lugar à basilar solidariedade entre pares, parecem ratos, e agora que o barco está alagado e a afundar a pique é vê-los a tentar sair apressadamente. O problema é que o barco estava em alto-mar e vai ser muito difícil saltar para doca seca... Esperemos que a Justiça apure a verdade e puna exemplarmente quem prevaricou. Esperemos...
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