A partir de agora quem quer casa, tem de contratar um arquitecto. A nova lei que esta sexta-feira é aprovada na Assembleia da República acaba com uma reivindicação de 35 anos dos arquitectos portugueses. Foi aprovada, esta quinta-feira, pela Comissão de Obras Públicas da Assembleia da República, a lei que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos de arquitectura, bem como a fiscalização e a direcção das obras. Os projectos de construção submetidos aos municípios têm agora de incluir a assinatura de um arquitecto inscrito na Ordem e de um engenheiro para o projecto de Engenharia, segundo a nova lei. Os arquitectos vão esta sexta-feira em romagem à Assembleia da República para festejarem a nova lei que é votada no Parlamento. O presidente da Ordem dos Arquitectos, ouvido pela TSF, congratulou-se com esta alteração, porque «durante 35 anos os arquitectos lutaram por esta revogação», que «acaba um ciclo na vida» do sector e inicia outro, que dá mais qualidade à construção em Portugal. João Belo Rodeia explicou que antes desta alteração, apenas nos projectos de grandes obras era exigida a assinatura de um arquitecto.
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Em relação à questão da intervenção dos arquitectos na esfera da sua exclusiva competência, o domínio da arquitectura, vivíamos ainda na era corporativa fascista. Temos direito enquanto cidadãos a um ambiente urbano de melhor qualidade, o que não se conseguiria certamente com projectos de arquitectura elaborados por meros desenhadores ou engenheiros civis. Cada macaco no seu galho! Não se pode exigir a um sapateiro que saiba tocar rabecão. Podemos contrariar finalmente este testemunho de desalento. Parabéns aos arquitectos nacionais e votos de que saibam agora honrar as suas responsabilidades com zelo e qualidade.
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