O antigo banqueiro central do Canadá considera que não faz sentido que os administradores da banca conduzam as entidades à falência e sejam depois remunerados. E, em caso de um banco falir, White salienta que o dinheiro público deve ser o último a ser usado para o salvar.
“Sinceramente, uma das coisas que mais me surpreende nesta crise, nomeadamente em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, é o escasso número de administradores da banca que acabaram na prisão”.
Esta foi a resposta de William White, antigo banqueiro central do Canadá e antigo economista chefe do Banco de Pagamentos Internacionais, a uma pergunta sobre salários e remunerações aos banqueiros das “cajas” espanholas que acabaram na ruína, numa entrevista ao jornal espanhol “Expansión”.
O economista do Canadá não consegue perceber que os banqueiros sejam remunerados depois de não terem conseguido cumprir os objectivos para que foram contratados. “Se alguém num cargo directivo de uma instituição fracassou em todos os sentidos práticos, a ideia de que saia com grandes quantidades de dinheiro é inapropriada”, refere à publicação.
White recorda que, nos anos 90, “com a crise das instituições de poupança e empréstimos (Saving & Loans), milhares de pessoas foram detidas”. “Desta vez, isso não aconteceu”, atira o presidente de da “Economic and Development Review Committee”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sobre o que vem ocorrendo desde a crise financeira iniciada em 2007.
Na opinião do antigo governador do banco central do Canadá, segundo o “Expansión”, os primeiros a serem responsáveis por uma falência bancária devem ser os seus accionistas, seguidos pelos administradores. Posteriormente, os detentores de obrigações também poderão ser chamados a contribuir, embora, só em último caso, se deva recorrer a dinheiro público.
Portugal pode seguir-se à Grécia
Portugal pode ter de seguir a Grécia numa reestruturação ordenada da sua dívida, afirma White. E se os mercados o disserem, o país – e a Europa – “tem um problema”. “Mas quem é que sabe o que os mercados vão dizer? Se analisarmos o problema de um ponto de vista objectivo, e tendo em conta as medidas que estão a ser adoptadas, tudo deveria correr bem”, considera William White.
"No entanto, neste momento, prefiro dizer que a Grécia é uma excepção e pôr-me a esperar o melhor dos cenários", indica o responsável na OCDE.
Evitar que mais um país tenha de fazer uma reestruturação da sua dívida não é suficiente para acabar com a crise da dívida na Zona Euro. “A austeridade para todos ao mesmo tempo não é solução para a crise”, salienta o economista ao “Expansión”.
“Há que aceitar que a inflação é parte do processo: para solucionar as feridas em Espanha, precisa-se de uma bolha na Alemanha”, opina William White, que diz que este processo está já a acontecer, por exemplo, na Alemanha e na Holanda, com os preços do imobiliário em alta.
“Sinceramente, uma das coisas que mais me surpreende nesta crise, nomeadamente em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, é o escasso número de administradores da banca que acabaram na prisão”.
Esta foi a resposta de William White, antigo banqueiro central do Canadá e antigo economista chefe do Banco de Pagamentos Internacionais, a uma pergunta sobre salários e remunerações aos banqueiros das “cajas” espanholas que acabaram na ruína, numa entrevista ao jornal espanhol “Expansión”.
O economista do Canadá não consegue perceber que os banqueiros sejam remunerados depois de não terem conseguido cumprir os objectivos para que foram contratados. “Se alguém num cargo directivo de uma instituição fracassou em todos os sentidos práticos, a ideia de que saia com grandes quantidades de dinheiro é inapropriada”, refere à publicação.
White recorda que, nos anos 90, “com a crise das instituições de poupança e empréstimos (Saving & Loans), milhares de pessoas foram detidas”. “Desta vez, isso não aconteceu”, atira o presidente de da “Economic and Development Review Committee”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sobre o que vem ocorrendo desde a crise financeira iniciada em 2007.
Na opinião do antigo governador do banco central do Canadá, segundo o “Expansión”, os primeiros a serem responsáveis por uma falência bancária devem ser os seus accionistas, seguidos pelos administradores. Posteriormente, os detentores de obrigações também poderão ser chamados a contribuir, embora, só em último caso, se deva recorrer a dinheiro público.
Portugal pode seguir-se à Grécia
Portugal pode ter de seguir a Grécia numa reestruturação ordenada da sua dívida, afirma White. E se os mercados o disserem, o país – e a Europa – “tem um problema”. “Mas quem é que sabe o que os mercados vão dizer? Se analisarmos o problema de um ponto de vista objectivo, e tendo em conta as medidas que estão a ser adoptadas, tudo deveria correr bem”, considera William White.
"No entanto, neste momento, prefiro dizer que a Grécia é uma excepção e pôr-me a esperar o melhor dos cenários", indica o responsável na OCDE.
Evitar que mais um país tenha de fazer uma reestruturação da sua dívida não é suficiente para acabar com a crise da dívida na Zona Euro. “A austeridade para todos ao mesmo tempo não é solução para a crise”, salienta o economista ao “Expansión”.
“Há que aceitar que a inflação é parte do processo: para solucionar as feridas em Espanha, precisa-se de uma bolha na Alemanha”, opina William White, que diz que este processo está já a acontecer, por exemplo, na Alemanha e na Holanda, com os preços do imobiliário em alta.
Notícia aqui.
Este senhor é também ele um ex-banqueiro. Acham reconhecível a sua opinião avalizada no que aconteceu com o B.P.N.?
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