O ex-deputado socialista Carlos Lopes, eleito pelo círculo de Leiria, foi acusado pelo Ministério Público de 23 crimes, 19 dos quais de corrupção passiva. Em causa está a angariação de dinheiro para a campanha eleitoral autárquica de 2005, no concelho de Figueiró dos Vinhos. Segundo o «Diário de Notícias», Carlos Lopes, actual chefe de gabinete do Governador Civil de Leiria, terá prometido obras públicas a um grupo de construtores civis em troca de financiamento para as campanhas eleitorais. Durante a investigação, a Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária apreendeu a Carlos Lopes, deputado entre 2005 e 2009, uma lista em papel timbrado da Assembleia da República com a indicação dos doadores e não doadores para a campanha autárquica em Figueiró dos Vinhos, num esquema que implicaria pagamentos por fora. Ainda segundo a acusação, elaborada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, parte da campanha terá sido mesmo custeada com verbas da câmara de Figueiró dos Vinhos. O socialista está acusado de 23 crimes, 19 de corrupção, mas de fora ficou o crime de financiamento ilegal de partido político, que exige queixa-crime, o que nunca aconteceu. Além de Carlos Lopes, foram ainda acusados no mesmo processo, o então vice-presidente da autarquia, irmão do primeiro, bem como um economista, técnico superior da autarquia. O antigo deputado Carlos Lopes que ainda não foi notificado da acusação rejeita os crimes que lhe são imputados. Sobre os alegados desvios de dinheiro da autarquia o socialista garante que a campanha foi custeada com verbas do Orçamento de Estado. Em declarações à Lusa, o ex-deputado explicou que «quando foi ouvido na Polícia Judiciária», a 3 de Novembro de 2009, foi-lhe transmitido que «não havia qualquer suspeição» sobre o facto de ter tirado «qualquer vantagem em benefício próprio». Carlos Lopes clarificou que, durante o tempo a que remontam os factos, «não poderia interferir nem influenciar, porque não estava ao serviço da Câmara de Figueiró dos Vinhos».
Notícia aqui.
É do melhor. Um bom exemplo de como usam o aparelho de Estado como se fosse deles e para benefício próprio.
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