Vítor Baptista, deputado e recandidato derrotado à liderança da Federação Distrital do PS de Coimbra, promete vender cara a derrota. Ontem, escreveu uma carta aos seus camaradas na bancada parlamentar, intitulada "Na calada da noite", em que volta a lançar graves acusações sobre o chefe do Gabinete de José Sócrates no PS, André Figueiredo (também secretário nacional adjunto). Segundo escreveu, Figueiredo tentou aliciá-lo a não se recandidatar, oferecendo-lhe em troca "um qualquer lugar de gestor público, desde o Metro em Lisboa, à CP ou Refer, até acenavam com uma cenoura de 15 mil euros mensais". Um quadro que, segundo três juristas, pode configurar um crime de tráfico de influências. Uma vez que, explicaram, "se está perante uma situação em que alguém promete usar da sua influência a troco de uma contrapartida". Ou seja: a colocação de Vítor Baptista numa empresa pública a troco da não recandidatura à Federação do PS/Coimbra. O crime de tráfico de influências tem natureza pública. O Ministério Público não necessita de queixa para avançar com a investigação. André Figueiredo é acusado de, juntamente com elementos da candidatura dada como oficialmente vencedora (liderada por Mário Ruivo, dirigente em Coimbra da Segurança Social), ter providenciado pelo "pagamento colectivo" de centenas de quotas de militantes, algo que o seu regulamento "não prevê". André Figueiredo disse ao DN: "Agirei criminalmente perante todas as difamações e infâmias de que for alvo." "Devemos estar à altura das funções que ocupamos. Eu estou. Já outros, tenho a impressão de que nunca estarão", acrescentou. Refira-se que, em Coimbra, as eleições para as estruturas locais do PS vão ser repetidas em algumas concelhias.
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Este tipo de situações são muito mais comuns do que imaginamos dentro dos partidos que disputam o poder, mas nem todos têm a falsa honestidade de um Vítor Batista. Perdeu. Amuou... E o Ministério Público, está à espera de quê?
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