O comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão considerou esta sexta-feira «inaceitável» existirem 80 milhões de europeus pobres ou em risco de pobreza e destacou a «ambiciosa» meta de reduzir este número em 25 por cento até 2020, noticia a Lusa. «A Comissão propôs uma meta ambiciosa a nível europeu: tirar 20 milhões de europeus da pobreza, o que significa reduzir em 25 por cento o número de pessoas em risco de pobreza até 2020», afirmou László Andor, durante o XI Encontro Nacional de Fundações, que sexta-feira e sábado discute no Porto «O Papel das Fundações para uma Sociedade Inclusiva». Contudo, disse, «até agora esta proposta só mereceu um apoio parcial», estando a Comissão Europeia «a discuti-la com os Estados membros em conjunto e bilateralmente» e tendo surgido «algumas preocupações» que deixam antever que «não será fácil chegar a um indicador europeu comum». A este propósito, o comissário adiantou que o organismo vai propor uma plataforma europeia contra a pobreza ainda este ano, «cujo objectivo será mobilizar todos os instrumentos financeiros e forçar uma maior participação e comprometimento de todos os intervenientes». Considerando «inaceitável» que «cerca de 17 por cento» da população europeia esteja em situação ou em risco de pobreza, o comissário alertou que «o impacto a longo prazo da crise» a este nível é ainda «difícil de apurar». «O que a crise demonstrou foi que nenhuma região, Estado ou união de Estados é uma ilha, estamos todos relacionados e temos que nos ajudar. Mostrou também que não é apenas a economia que importa: estamos agora familiarizados com as consequências sociais da recente recessão», sustentou. Sustentando que «o emprego, tal como a educação e a formação, cria oportunidades», László Andor recordou ter sido ainda definida pela Comissão, no âmbito da «Estratégia Europa 2020», a meta de ter 75 por cento da população entre os 20 e os 64 anos empregada em 2020. Também «prioritário» para a Comissão é reduzir o desemprego jovem, que «está a um nível inaceitavelmente alto», prevendo a «Estratégia Europa 2020» o lançamento de um «conjunto de acções coordenadas na área da educação, formação e emprego» para «promover o emprego e a mobilidade dos jovens».
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Estudos, comissões, plataformas, a crise, sempre a crise... E como vamos resolver o desemprego com uma economia a passos largos a caminho da China?
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