São cada vez mais os gestores ligados ao Partido Socialista implicados no processo «Face Oculta». À medida que vão sendo conhecidos os trabalhos da investigação, multiplicam-se os nomes do universo rosa neste esquema de corrupção e tráfico de influências junto do Governo e das empresas públicas. Rede tentacular. A imagem é dada pelo próprio Departamento de Investigação e Acção Penal do Baixo Vouga a propósito do esquema de relações do processo «Face Oculta», que permitiu ao empresário Manuel Godinho, presidente de uma empresa de resíduos, ganhar vários concursos. A rede pode começar a construir-se por Armando Vara e Lopes Barreira, amigos socialistas que se disponibilizaram a apresentar Manuel Godinho a outros amigos influentes capazes de gerar negócios. Lopes Barreira mostrou-se disponível para falar com Jorge Coelho, presidente da Mota-Engil, Mário Lino, então ministro das Obras Públicas E João Mira Gomes, secretário de Estado da Defesa. Já Armando Vara apresentou Paiva Nunes, administrador da EDP Imobiliária, que terá favorecido as empresas de Godinho em diversos concursos. Para fazer essa ponte, Vara terá cobrado alegadamente 10 mil euros em notas entregues no seu gabinete do BCP. E a rede continua. Através do gestor da EDP, que chegou a ser candidato pelo PS à Câmara de Sintra, Manuel Godinho chega a Paulo Costa, director de relações internacionais da Galp, e os dois recebem do empresário dos resíduos, dois veículos topo de gama que a PJ entende, segundo o «Sol», terem sido contrapartidas. Depois, o mesmo Paulo Costa apresentou Godinho a mais um ex-dirigente do PS, José António Contradanças, ex-administrador do Porto de Sines no tempo em que Jorge Coelho era ministro das Obras Públicas. Contradanças é hoje administrador da Empoderf, uma holding controlada pelo Ministério da Defesa, e segundo o o mandado de busca terá ligado a Manuel Godinho, dando-lhe conta que Paulo Costa lhe teria transmitido que estaria interessado em ser favorecido nos concursos e consultas públicas. A esta rede juntam-se ainda José Penedos, presidente da REN, o seu filho Paulo e Carlos Vasconcelos da Refer.
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É a rapaziada do P.S. no seu melhor, chafurdando alarvemente no masseiro do Estado. Nisto é que eles são bons! Investigue-se a fundo, por favor!
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