Foram dez minutos de enorme confusão, com insultos, empurrões e pontapés. A equipa do programa “Vai Tudo Abaixo”, dos vídeos Sapo (ex-Sic Radical) – quatro homens e um megafone -, arrasou esta tarde com a passagem de José Sócrates no Seixal. Não houve arruada e quase ninguém ouviu o discurso mais curto da história desta campanha. E acabou com os actores Nuno (Jel) e Vasco Duarte (a dupla Neto e Falâncio) a caminho da esquadra. Quando a caravana rosa desembarcou na Avenida Marginal do Seixal, já a equipa televisiva esperava: Neto e Falâncio com ‘look’ revolucionário, estilo anos 70, Neto com um megafone em punho e Falâncio armado com uma perigosa guitarra. Mais afastados, estavam o produtor de rastas e saia, enquanto o discreto operador de câmara se misturava com as televisões. Rapidamente foram reconhecidos pelos jornalistas, mas não pelo ‘staff’ e seguranças socialistas, que os sinalizaram como factor de risco. A JS recebeu instruções para cercar os dois actores com bandeiras e gritos de ordem, o corpo de segurança pessoal do primeiro-ministro posicionou-se para os neutralizar e só largos minutos depois chegou o núcleo duro com Sócrates no centro. Neto e Falâncio estavam preparados. “Olhem as fábricas a fechar. Isto é bom para a luta. O desemprego a aumentar. A luta continua. Obrigada Sócrates pela precariedade”, gritava Neto no megafone, rompendo a barreira de som da JS, que à sua volta gritava “PS!PS!”A confusão era enorme. Sócrates era levado para o palco e os actores corriam no meio da massa socialista, saltando canteiros, tentando chegar à frente do palco. Mas foram empurrados, insultados e até levaram alguns pontapés. Mas não se renderam.“Está tudo gravado”, exultava o produtor, enquanto ajudava Neto a trepar para cima de uma paragem de autocarro, partindo-lhe a cobertura. Atirou-lhe o megafone - "a luta continua" -, no momento em que chegava um agente da PSP e quando Sócrates já abandonava o palco e o Seixal. Isto depois de ter elogiado a sua campanha. “Nós não fazemos provocações em lado nenhum, é uma campanha com elevação e tolerância, que não vai fazer provocação a lado nenhum”. Contactado pelo PÚBLICO, Nuno Duarte (Jel) avisou: "Isto não pára por aqui. Também vamos ao PSD, ao CDS-PP, a todos. A luta é democrática!"
Notícia aqui.
Bebendo directamente dos tiques autoritários e pouco democráticos de Sócrates, eis que a J.S. revela a massa de que é feita, ou seja, má massa. Deviam ser meninos de Massamá... Dá-lhes Falâncio!
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