Miguel Boieiro, antigo presidente da câmara e actual presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, considera que os dois novos arguidos do caso Freeport são “bodes expiatórios” para “disfarçar e fazer esquecer o verdadeiro responsável, que é o então ministro do Ambiente”, José Sócrates. Na sua opinião, nem a câmara municipal nem o Instituto da Conservação da Natureza (ICN) “tinham poderes para resolver nada sozinhos”, referindo-se a José Inocêncio e a José Manuel Marques, respectivamente presidente de Alcochete e vice-presidente do ICN na altura da aprovação do Freeport e que agora foram constituídos arguidos.
Considerando que estes podiam ter sido indicados como arguidos “logo de início” e não o foram, Miguel Boieiro entende que esta decisão serve para “envolver o processo e para não chamarem o verdadeiro responsável”. Referindo-se aos restantes arguidos, o presidente da Assembleia Municipal alcochetense lembra que Carlos Guerra, então presidente do ICN, “só deu o parecer favorável” e que o consultor Manuel Pedro e Charles Smith “só fizeram o seu trabalho”, a que Alcochete está “grato”, porque “em vez das construções devolutas” que estavam no local, o Freeport “tem mais vantagens”.
Zeferino Boal, ex-membro da Assembleia Municipal de Alcochete que, há dois anos, foi ilibado no processo por suspeitas de violação do segredo de justiça, refere que “já nada o surpreende” e reafirma o seu desejo de que “a investigação seja célere e se apure a verdade”. Miguel Boieiro lamenta que o poder judicial não esteja “suficientemente separado” do poder político, mas acredita que a conclusão do processo está “dependente da evolução política”, realçando que uma possível “mudança” nas próximas eleições poderá “influenciar” o caso. Por isso, confessa que “vê com curiosidade” o desenrolar do processo, “como numa telenovela, à espera do próximo capítulo”.
Em relação às suspeitas de que o primeiro chumbo do ICN ao Freeport, em 2001, possa ter sido uma medida estratégica com outros objectivos, Miguel Boieiro acredita que se deveu a intuitos “políticos”, uma vez que aconteceu em vésperas das eleições autárquicas. Miguel Boieiro, que depois de cinco mandatos como presidente, viria então a perder a câmara para o socialista José Inocêncio, refere que esse chumbo “nunca poderia acontecer assim”, porque o projecto estava “a ser acompanhado pelo ministério passo a passo” e, se algo não estivesse bem, seria “apenas um pormenor a ser corrigido e não chumbado limiarmente”. Zeferino Boal lembra que “já havia denunciado o chumbo estratégico na altura, mas ninguém ouviu”. (...)
Considerando que estes podiam ter sido indicados como arguidos “logo de início” e não o foram, Miguel Boieiro entende que esta decisão serve para “envolver o processo e para não chamarem o verdadeiro responsável”. Referindo-se aos restantes arguidos, o presidente da Assembleia Municipal alcochetense lembra que Carlos Guerra, então presidente do ICN, “só deu o parecer favorável” e que o consultor Manuel Pedro e Charles Smith “só fizeram o seu trabalho”, a que Alcochete está “grato”, porque “em vez das construções devolutas” que estavam no local, o Freeport “tem mais vantagens”.
Zeferino Boal, ex-membro da Assembleia Municipal de Alcochete que, há dois anos, foi ilibado no processo por suspeitas de violação do segredo de justiça, refere que “já nada o surpreende” e reafirma o seu desejo de que “a investigação seja célere e se apure a verdade”. Miguel Boieiro lamenta que o poder judicial não esteja “suficientemente separado” do poder político, mas acredita que a conclusão do processo está “dependente da evolução política”, realçando que uma possível “mudança” nas próximas eleições poderá “influenciar” o caso. Por isso, confessa que “vê com curiosidade” o desenrolar do processo, “como numa telenovela, à espera do próximo capítulo”.
Em relação às suspeitas de que o primeiro chumbo do ICN ao Freeport, em 2001, possa ter sido uma medida estratégica com outros objectivos, Miguel Boieiro acredita que se deveu a intuitos “políticos”, uma vez que aconteceu em vésperas das eleições autárquicas. Miguel Boieiro, que depois de cinco mandatos como presidente, viria então a perder a câmara para o socialista José Inocêncio, refere que esse chumbo “nunca poderia acontecer assim”, porque o projecto estava “a ser acompanhado pelo ministério passo a passo” e, se algo não estivesse bem, seria “apenas um pormenor a ser corrigido e não chumbado limiarmente”. Zeferino Boal lembra que “já havia denunciado o chumbo estratégico na altura, mas ninguém ouviu”. (...)
Quanto ao processo do caso Freeport, Zeferino Boal garante que continua a “acreditar na competência e na capacidade dos serviços judiciais”, apesar de realçar que é necessário a quem tutela que “não crie constrangimentos”. Dando o exemplo “estanho” do processo ter andado “a passear” entre Lisboa e Setúbal, Zeferino Boal questiona porque “o ministério da Justiça não procura que o processo se conclua rapidamente”. Nos Estados Unidos, “o processo Madoff concluiu-se em sete meses, mas em Portugal não se concluem nem em sete anos”, aponta, concluindo que “quem tutela os serviços tem de ser chamado à responsabilidade”.
Notícia integral aqui.
Como se costuma dizer, sem papas na língua. Ainda bem que por detrás da cortina de fumo haja quem continue a ver o nariz do Pinóquio a espreitar, tal gato escondido com o rabo de fora. Aguardemos...
Sem comentários:
Enviar um comentário