O Solar Impulse é tão leve como um carro médio de 1500 quilogramas mas tem uma envergadura de 61 metros. O avião, que trabalha só a energia solar de dia e de noite, foi apresentado hoje em Duebendorf, na Suíça. O suíço Bertrand Piccard, a cabeça do projecto do protótipo, já fez a volta ao mundo num balão de ar quente em 1999 e quer repetir o feito em 2012 com o sucessor do Solar Impulse. “Ontem foi um sonho. Hoje é um avião. Amanhã vai ser um embaixador das energias renováveis”, disse hoje Piccard aos jornalistas durante a conferência na cidade perto de Zurique. O HB-SIA tem 24 mil células solares ligadas a baterias com alta eficiência, que permitirão acumular energia vinda do sol para o avião poder continuar a trabalhar durante a noite. “Se uma aeronave é capaz de voar de dia e de noite sem combustível, impulsionada simplesmente pela energia solar, ninguém poderá dizer que é impossível de se fazer o mesmo com veículos a motor, sistemas de ar condicionado ou de aquecimento e computadores”, acrescentou. Para além da tecnologia solar, o protótipo com quatro motores tem características aerodinâmicas inovadoras como materiais muito resistentes e leves, que são capazes de suportar pressões a grandes altitudes. Os primeiros testes vão ter lugar ainda este ano, em 2010 será feita a primeira viagem nocturna pela Suíça. O passo seguinte será a construção do HB-SIB, que será ainda maior e vai permitir a Piccard e ao companheiro e piloto Andre Borschberg fazerem a volta ao mundo. A viagem terá entre 20 e 25 dias e será feita em cinco fases, cada uma com uma duração de vários dias. Esta apresentação sucedeu-se depois de seis anos de trabalho que envolveu 50 engenheiros e técnicos. O projecto de 70 milhões de euros teve o apoio do Deutsche Bank, da marca de relógios Omega e da empresa química Solvay.“O sucesso real do Solar Impulse será ter milhões de pessoas a seguir o projecto, a serem entusiastas e a dizer ‘se eles conseguiram pô-lo a viajar à volta do mundo com energias renováveis, então nós deveremos conseguir fazê-lo no nosso dia a dia’”, defendeu Piccard à BBC News.
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