(...) Nas Conferências do Estoril, que hoje terminam, o Prémio Nobel da Economia de 2001 (Joseph Stiglitz) disse antever que a economia mundial vai atravessar uma fase de recessão "bastante duradoura" e, nos próximos anos, que "o mais provável é que não haja crescimento". Joseph Stiglitz, também membro do Conselho de Assessores Económicos na Administração Clinton, admitiu que "a forma como esta crise tem sido gerida tem sido uma desilusão. Está a ser gerida pelas mesmas pessoas que a criaram, com a mesma ideologia, a mesma falta de regulação e a mesma alavancagem", disse, admitindo que "os políticos estão a tentar transmitir confiança, mas a realidade actual não é muito favorável". "Estamos agora a ultrapassar a pior fase, a passar de uma situação de queda livre das economias para uma recessão muito profunda", disse, apontando o crescimento do desemprego, as dificuldades na concessão de crédito e as quebras nas exportações como algumas das consequências da crise mundial, que "não vai ser fácil" de ultrapassar. Para sair da crise, Stiglitz defende um forte estímulo da economia, que chegue aos governos estaduais dos Estados Unidos, mais medidas de apoio ao mercado hipotecário e a transformação das dívidas dos bancos em capital. (...)
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Apesar dos cenários cor-de-rosa que nos tentam impôr diariamente, a verdade (afirmada por quem sabe e conhece o sistema económico global) é que o buraco autofágico de ganância em que nos meteram não tem fim à vista e, como sempre que o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão!
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