9 de março de 2009

Tal e qual como cá...

Dois autarcas do Partido Popular espanhol envolvidos no inquérito de corrupção liderado pelo juiz Baltasar Garzón que tem abalado os conservadores demitiram-se esta manhã no espaço de duas horas. Ambos se declaram inocentes e se dizem caluniados. O primeiro a demitir-se foi Ginés López Rodríguez, da localidade madrilena de Arganda del Rey, que para além de se despedir de todos os cargos públicos, apresentou a “suspensão temporária” da militância no PP. Seguiu-se o presidente da câmara de Pozuelo, Jesús Sepúlveda, pelas mesmas razões. Rodríguez leu uma declaração frente aos jornalistas sem responder a perguntas; Sepúlveda não apareceu em público. Mas as duas declarações de demissão “são surpreendentemente iguais no conteúdo e na forma”, notou o jornal “El País” na sua edição online.Garzón suspeita que estes políticos tenham recebido 1,3 milhões de euros (Rodríguez) e 422 mil euros (Sepúlveda) de uma empresa de comunicação, escreve a agência AFP. O juiz investiga há várias semanas o caso que envolve o pagamento de subornos e ofertas por parte de empresas a quadros e eleitos do PP nas regiões de Madrid e Valência em troca de contratos. O PP tem acusado Garzon de parcialidade.


Notícia aqui.


Ora aí está uma atitude de se louvar. São corruptos mas ainda lhes resta alguma integridade que os obriga, quando não passam ainda de suspeitos, à demissão imediata dos cargos públicos que ocupam. Um exemplo a seguir pelos políticos deste país!

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