2 de janeiro de 2009

Uma breve resposta à desinformação sionista.

Na triste sequência destas lenhas, apresento de seguida um texto de Khalid Amayreh acerca do que se está a passar na faixa de Gaza. Não é porque uma mentira é repetida até à exaustão que a mesma se torna verdade, pelo menos para mim não.



Os operacionais do hasbara (palavra hebraica que significa literalmente "explicação". O termo é utilizado pelo Estado de Israel e por grupos independentes para descrever os esforços destinados a explicar as políticas do governo de Israel e promovê-lo no mundo todo) sionista têm estado a afirmar que a actual carnificina genocida em Gaza é uma "guerra contra o Hamas" e que esta foi necessária só pelos disparos de rockets palestinianos sobre Israel. Isto é uma grande mentira, como se verá a seguir: "O Hamas disse reiteradamente que estava desejoso e pronto para cessar "todo" o disparo de projécteis a partir de Gaza desde que Israel levantasse o seu bloqueio mortífero. E Israel reiteradamente disse "Não". Israel tem estado a dizer ad nauseam que terminou a sua ocupação de Gaza. Bem, por que então Israel retem o seu controlo dos céus de Gaza, das costas de Gaza, do mar de Gaza, dos lugares de cruzamento da fronteira de Gaza (mesmo com o Egipto)? Por que Israel retem o controlo da vida de Gaza? Portanto, a questão dos disparos de "rockets" sobre Israel (trata-se de projécteis feitos artesanalmente e que fazem mais ruído do que dano) deveria ser encarada em grande medida como algo para desviar a atenção. Efectivamente, Israel deu aos palestinianos em Gaza uma de duas escolhas: morrerem de fome devido ao bloqueio ou serem exterminados pela máquina de guerra israelita. Na verdade, os chamados "rockets" não são senão um protesto desesperado por justiça, pelo levantamento do bloqueio mortífero. Gaza foi simplesmente reduzida a uma Auschwitz dos dias de hoje. A única diferença é que judeus estão agora a desempenhar o papel das SS. O Hamas cumpriu meticulosamente um cessar fogo de seis meses, apesar da persistência do bloqueio estilo nazi que se assemelha muito ao cerco do Gueto de Varsóvia em 1942-43. Contudo, em 13 de Novembro, Israel executou uma incursão dentro de Gaza, matando seis pessoas. Indo directamente ao principal, Israel matou 49 palestinianos durante o cessar fogo. Nem um único israelita foi morto nesse período. Além disso, centenas de palestinianos pereceram porque Israel não lhes permitia que tivessem acesso a cuidados médicos ou remédios. Vi muitos palestinianos morrerem na agonia porque a "luz das nações" não lhes permitia chegarem ao hospital uns poucos blocos mais adiante. Em suma, estamos a falar acerca de um estado judeu-nazi. Estou a dizer isto porque quando judeus pensam, se comportam e actuam como nazis, eles tornam-se nazis. Devemos chamar os nomes às coisas, especialmente quando acontece com os nossos coveiros. Portanto, é uma grande mentira chamar a esta guerra uma guerra contra o Hamas. Isto é uma guerra de extermínio estilo nazi contra o povo da Palestina. Se a guerra fosse contra o Hamas, como os criminosos de guerra de Tel Aviv continuam a afirmar, Israel não teria alvejado praças de mercado, farmácias, edifícios de faculdades, lares privados, mesquitas, instituições culturais, estradas, negócios, etc. Só um estado com uma mentalidade hitleriana alvejaria uma sociedade inteira e a seguir afirma que está a combater o Hamas! É simplesmente uma enorme mentira. Assim, Israel está simplesmente a executar um genocídio real ... e aliás um genocídio indiscriminado. Hoje, mesmo um eminente rabi judeu utilizou o termo "genocídio" para descrever o que Israel está a fazer em Gaza."
Texto retirado aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel divulgou hoje no seu site oficial uma série de fotos e clipes de video mostrando terroristas em Gaza utilizando a população civil como escudos atrás dos quais lançam ataques contra Israel, tentando evitar assim a retaliação israelita.
Os clipes mostram terroristas lançando mísseis contra Israel a partir de áreas densamente povoadas por civis, usando casas particulares e mesquitas para armazenar armas, e levando grupos de crianças para os terraços de edifícios onde militantes do Hamas se escondem das forças israelitas.
O website do Ministério explica que "o propósito da presença de civis é para utilizá-los como escudos humanos, tomando partido do facto de que o exército de Israel evita atingir civis palestinianos."
Para consultar estas fotos e evidências, visite o website: www.mfa.gov.il
Estas tácticas cobardes e vergonhosas já são práticas comuns dos terroristas muçulmanos - quem não se lembra da guerra contra o Hezbollah, no Líbano, no verão de 2006?
Infelizmente estas evidências continuam a ser ignoradas pelo mundo. É mais fácil deitar todas as culpas sobre Israel. Não há guerras "limpas", mas os terroristas islâmicos são mesmo da pior espécie...
Shalom, Israel"

retirado de:http://shalom-israel-shalom.blogspot.com/2008/03/hamas-usa-escudos-humanos-incluindo.html

Quando os palestinianos atacam , por norma alvos civis, israelitas Israel retalia (acho que é o que se espera) a questão é que o Hamas não sendo um verdeiro exército, mas sim um grupo de terroristas esconde-se em cidades, usando civis inocentes como escudo humano. Já no Iraque os escudos humanos eram usados.

Com isto não quero tomar parte de um dos lados, se bem que a sociedade laica, democrata e liberal Israelita me agrade mais, por contraponto com uma sociedade islamica onde os direitos pessoais são diminuidos por uma questão religiosa.

Esta questão só se resolverá quando as duas partes deixarem de procurar quem tem a razão histórica e o Hamas ou entrega as armas (como o IRA fez em Julho de 2005) ou se torna no exército da Palestina,passando a respeita a Convenção de Genebra, o Direito Internacional e deixe de ser liderado por Sheiks doidos para passar a ser chefiado por militares.
Martin Gentleman

vermelho disse...

Caro Anónimo:

Esta casa está aberta ao contraditório, como não podia deixar de ser numa casa que não pretende ter o monopólio da verdade, no entanto e para não me alongar muito, não me parece que Israel seja maioritariamente uma "sociedade laica, democrata e liberal", aproximando-se mais de uma sociedade nazi, pelo modo como tem tratado a Palestina. Volte sempre.

Anónimo disse...

Há dois anos a policia israelita prendeu e condenou um grupo de judeus radicais que pretendia explodir uma escola muçulmana. O governo palestiniano nada faz para impedir os ataques contra Israel. Nas últimas negociações Israel cedeu mais que nunca e cedeu mais que os palestinianos, especialmente no caso dos colonatos, que foram destruídos à força.
Os palestinianos tem usado sempre o terrorismo como único modo de acção, basta ver o que deu origem a este novo conflito.
Se a Palestina quer paz tem que acabar com os seus grupos terroristas.
Além do mais, como acho que já disse, é altamente redutor chamar estado nazi a um país que desde que foi criado tem sido atacado por todas as nações à sua volta e por outras.

vermelho disse...

Caro Anónimo:

O problema reside também aí, no facto de Israel ter sido um país criado... Pequenos aspectos não iludem aquilo que tem sido a actuação de Israel e dos seus aliados ocidentais nos últimos 60 anos, num processo conhecido pelos povos árabes como Nakba. Se estiver interessado, pode consultar a etiqueta Palestina e ler a lenha de 17 de Outubro de 2008 sobre este assunto.