6 de abril de 2009

Tenho andado calado...

Pois pudera, a merda é tanta que preferi remeter-me ao silêncio resultante de uma péssima digestão mental! E não é que tenha maus fígados, mas há coisas que dificilmente se conseguem digerir. Os apelidos Guerra e Névoa então, dão-me de imediato vómitos de jorro. Porquê? Eu faço um desenho:



Os magistrados que investigam o caso Freeport explicaram anteontem ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que as pressões para arquivarem o processo partiram do procurador-geral adjunto Lopes da Mota, que preside actualmente ao Eurojust, o organismo de cooperação em matéria penal entre países da UE, sedeado em Haia, na Holanda. (...) Antes de ingressar no Eurojust, Lopes da Mota foi secretário-geral da PGR, no mandado de Souto Moura, tendo antes ocupado o cargo de secretário de Estado da Justiça, durante o primeiro governo de António Guterres, onde coincidiu com José Sócrates, então secretário de Estado do Ambiente. Foi já no final do segundo governo de António Guterres que foi nomeado representante de Portugal no Eurojust, função em que seria confirmado pelo governo seguinte, presidido por Durão Barroso. Contactado ontem pelo PÚBLICO, o director do Eurojust diz que o seu papel neste caso se tem limitado a apoiar a cooperação entre as autoridades de Portugal e de Inglaterra, mas nos últimos dias o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) fez eco de pressões junto dos dois procuradores titulares do inquérito sobre o caso Freeport, Vítor Magalhães e Paes Faria, sugerindo o arquivamento na parte que respeita às suspeitas de corrupção que envolvem o actual primeiro-ministro, José Sócrates. Ontem, o SMMP reiterou a existência de pressões e congratulou-se com a decisão de Pinto Monteiro. (...) Ao que apurámos, Lopes da Mota não se terá limitado aos argumentos jurídicos e doutrinários, fazendo igualmente eco de alguns recados de índole política e das repercussões que a postura a assumir pelos dois procuradores poderia vir a ter na progressão das suas carreiras. (...)


E agora, lembram-se de quem está também destacado no Eurojust (gabinete de ligação entre órgãos de investigação dos Estados-membros da UE e por onde têm passado as trocas de informação entre autoridades portuguesas e inglesas sobre o caso Freeport...) ? Não têm ideia? Parece mentira não é? É isso mesmo, é o José Eduardo Guerra, irmão do Carlos Guerra (presidente do Instituto da Conservação da Natureza que viabilizou o projecto de outlet da Freeport em Alcochete) e do João Guerra (procurador do caso Casa Pia em que se safaram os meninos do P.S. que gostam de enrabar outros meninos). Que puta de coincidência, não é? Coincidência uma merda, deviam ter vergonha da "guerra" em que andam metidos! Para melhor esclarecimento consultem esta lenha onde está tudo mais ao pormenor sobre os manos Guerra, que são o exemplo acabado de como o aparelho partidário do P.S. controla impunemente o aparelho de Estado até em assuntos invioláveis e da maior importância como é a justiça.

Para João Cravinho, o facto de apenas o Bloco de Esquerda (BE) se ter manifestado contra a nomeação de Domingos Névoa para presidente da Braval, uma empresa intermunicipal de tratamento de resíduos, é «uma péssima indicação sobre a saúde» do sistema democrático português. O BE levantou voz contra a nomeação do actual administrador da Bragaparques, condenado por tentativa de corrupção ao vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML) José Sá Fernandes, para um cargo numa empresa de capitais públicos, que actua nos concelhos de Braga, Póvoa do Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro e Vieira do Minho. Casos como este demonstram «a urgência de se fazer um novo enquadramento jurídico» sobre corrupção, defende Cravinho, que, enquanto deputado, chegou a propor um pacote de medidas anti-corrupção, que acabou por não avançar. «Há uma cultura política que é totalmente avessa à luta contra a corrupção», sublinhou. Para o responsável, que actualmente desempenha funções no Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, os cargos públicos devem estar livres de condenados por corrupção e as empresas suspeitas de envolvimento em esquemas do género devem ficar excluídas de participar em concursos públicos. A deputada do BE Ana Drago, afirmou, entretanto, que «o PS deve-se pronunciar» sobre a nomeação de Domingos Névoa. «Não é aceitável que o PS não tenha uma palavra de condenação e que não responsabilize directamente os autarcas que aceitaram esta nomeação», considerou.

O cabrão foi nomeado para uma empresa de capitais públicos senhores! É preciso dizer mais? Bragaparques, Névoa, corrupção, financiamento partidário ilícito, Partido Socialista, tudo sinónimos.

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