27 de abril de 2010

Todos queremos saber!

As denúncias de tráfico de influências e irregularidades no concurso diplomático sucedem-se. Depois de um tribunal ter dado provimento a uma providência cautelar que põe em causa a avaliação do júri, a questão chegou ontem à Assembleia da República. Grupos parlamentares receberam queixas de candidatos que se dizem discriminados e o Bloco de Esquerda admite fazer uma pergunta formal ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. José Manuel Pureza revelou que a questão está a ser analisada promete uma decisão nos próximos dias. O líder parlamentar dos bloquistas explicou ao DN que as alegadas irregularidades são assunto para os tribunais. Mas se houver indícios de tráfico de influências pode questionar o ministro dos Negócios Estrangeiros. A denúncia no Parlamento acontece depois do Tribunal Administrativo do Porto ter dado provimento a uma providência cautelar interposta por uma candidata contra o MNE. A mulher tinha sido excluída no último teste, mas por decisão do juiz foi provisoriamente integrada no grupo de 30 adidos que estão a receber formação desde o início do mês. Paulo Otero, especialista em direito administrativo, explicou ao DN que se a providência for deferida - se o juiz confirmar a sua primeira decisão - a lista final, que foi homologada por Luís Amado, poderá ser posta em causa. A decisão deverá ser tomada até ao final de Junho, mas há outras consequências imediatas a ensombrar o concurso. O jornal i noticiava ontem que os 30 adidos estão impedidos de tomar posse e integrarem a carreira. Por isso também não estão a receber ordenados, como confirmou a adjunta do ministro Luís Amado. A indefinição pode não ficar por aqui. É que, encorajados pela decisão judicial, outros candidatos vão avançar com uma nova acção contra as Necessidades no início da próxima semana. Eles acusam o júri de ter alterado as "regras a meio do jogo" favorecendo alguns concorrentes, entre os quais se contam familiares de embaixadores e a neta de um ministro do Estado Novo. Por detrás da suspeita está uma decisão do júri de subir as notas da prova escrita de conhecimentos em cinco por cento. Por causa disso, foram repescados 16 candidatos que tinham sido eliminados por não atingirem a nota mínima de 14 valores. Oito desses melhoraram os seus resultados na prova oral e na entrevista que se seguiram e ocuparam uma das trinta vagas disponíveis. A PJ e o DIAP receberam duas cartas anónimas acusando o júri do concurso de tráfico de influências. A porta voz do MNE negou que tenha sido feita qualquer busca, mas não esclareceu se foi ou não recebido qualquer pedido de documentos.

Notícia aqui.

Vale tudo neste país onde nascer fora do berço é uma barreira eterna.

2 comentários:

Maria disse...

Há maroscas em quase todos os concursos, mas no caso dos do MNE é gritante.

E a Ordem dos Advogados que agora anda à nora com uma decisão do Tribunal Central Adm, à conta de bolonha?


E aqueles dois grandes malucos que foram apanhados no plenário da Ar no beija para cá, apalpa para lá?

É a loucura.

:)

vermelho disse...

Olá linda!
De facto, é a Puta da Loucura!
Beijo na testa.