15 de dezembro de 2009

Escumalha autárquica sob investigação.

As residências do presidente e do vice-presidente da Câmara Municipal da Maia foram também alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) que investiga várias denúncias de ilegalidades no licenciamento de obras. Uma equipa de inspectores da especialidade de combate ao crime económico da Directoria do Norte da PJ tinha recolhido já, nos últimos dias, abundante documentação em papel e em suporte informático em buscas efectuadas nos Paços do Concelho da Maia. A atenção da Polícia incidiu, designadamente, no departamento de Obras Particulares e Toponímia, um dos vários atribuídos ao vice-presidente da autarquia, António Silva Tiago. Em causa, no inquérito aberto pelo Ministério Público da Maia, estarão várias denúncias, algumas das quais anónimas, que apontam suspeitas da existência de ilegalidades nos processos de licenciamento de duas importantes obras no concelho, entre outras situações que estão em análise. O centro comercial Vivaci, situado na zona das Guardeiras, foi inaugurado há cerca de um mês e o projecto de construção do Hospital do Lidador está parado desde 2007, uma vez que o principal financiador - o Grupo Português de Saúde (GPS), que pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios - foi afectado pela crise no Banco Português de Negócios (BPN). Tal como o JN já noticiou ontem, a investigação está ainda numa fase muito inicial e não se verificaram interrogatórios formais, nem existem arguidos constituídos. Para além dos processos de licenciamento de obras recolhidos pela PJ nos serviços camarários, as buscas nas residências (no Porto) do presidente da autarquia maiata, Bragança Fernandes, e em casa do seu vice (na Maia), Silva Tiago, terão visado documentação bancária, desconhecendo-se o que foi apreendido pelas autoridades. Todos os documentos recolhidos pela Polícia Judiciária serão, no entanto, objecto de análise por peritos financeiros, um processo normalmente demorado e muito complexo. Ao que o JN apurou, a presença dos inspectores da Judiciária terá provocado grande agitação entre os trabalhadores da autarquia, mas a presidência garante serenidade. Contactada pelo JN, fonte da presidência da Câmara da Maia disse que a autarquia encara o assunto com "total tranquilidade". "Não confirmamos nem desmentimos qualquer matéria, porque todo o processo está em segredo de justiça. Continuamos a trabalhar no sentido de mantermos a qualidade de vida a que os maiatos estão habituados", acrescentou. A mesma fonte considerou, ainda, que a matéria "não passa de um 'fait-divers', como muitos outros em que há denúncias contra câmaras municipais". O presidente da Câmara Municipal da Maia não falou sobre o assunto.

Notícia aqui.

É melhor que nada... Mas, então e as outras?

2 comentários:

Maria disse...

Se fosse só o da Maia, estavamos bem...

:)

vermelho disse...

Olá querida, bons olhos te leiam! A Maia foi transformada no bode respiratório... É ouvi-la a arfar...
Beijo na testa.