8 de julho de 2009

O estado do mundo.

Fome:

Todos os dias, mais de 850 milhões de pessoas vão-se deitar com fome; entre elas, 300 milhões são crianças. A cada cinco segundos, uma delas morre de fome. O número de subnutridos nos países em desenvolvimento cresce à razão de quase 5 milhões de pessoas por ano. Todos os anos morrem no Planeta de fome cerca de 30 milhões de pessoas.

Pobreza:

Entre 55 e 90 milhões de pessoas passarão à condição de pobreza extrema ainda neste ano de 2009, devido à recessão mundial resultante da crise financeira internacional. Mais de 1 Bilião sofrerá de fome crónica no mundo todo. Segundo pesquisas, 53,9 milhões de brasileiros são pobres; isso significa que quatro em cada dez brasileiros vivem em miséria absoluta. Entre as 130 Nações que medem a distribuição de rendimentos, o Brasil é o penúltimo colocado; só "ganha" à Serra Leoa. Isto equivale a 31,7% da população. 21,9 milhões dessa população são muito pobres, ou seja, 12,9% dos brasileiros.

Água Potável:

Globalmente, ao longo das últimas décadas, a quantidade de água potável disponível tem diminuído dramaticamente. Há 1,6 bilião de Km³ de água no mundo, mas, a que podemos beber é menos de 1% disso... A poluição das águas mata hoje 2,2 milhões de pessoas por ano; mais de 75 % da reserva mundial de peixes é sobre-explorada; E o aumento do nível dos oceanos causado pelo aquecimento global pode deslocar dezenas de milhões de pessoas. Em 20 anos, mais de 60% da população mundial sofrerá com a escassez de água. Também segundo a ONU, na actualidade, mais de 1,1 bilião de pessoas não têm acesso a água tratada.

Saneamento:

Quatro em cada 10 pessoas no mundo não têm acesso nem a uma simples latrina de fossa não asséptica, e são obrigadas a defecar a céu aberto. Aproximadamente 2 em cada 10 pessoas – mais de 1 bilião de pessoas – não têm nenhuma fonte de água potável segura. 80% dos internamentos hospitalares no mundo são devidos a doenças transmitidas pela água. Como consequência, 3.900 crianças morrem diariamente em função desta crise humanitária, totalmente evitável, porém silenciosa.

Habitação:

Actualmente, 900 milhões de pessoas vivem em assentamentos precários (favelas e áreas de risco) em todo o mundo. A menos que a situação mude substancialmente, 1,5 bilião de moradores de zonas urbanas serão "favelados" em 2020, o equivalente à população da China. O Brasil terá 55 milhões de "favelados", o que seria equivalente a 25% da população do país. Actualmente, quase 1 bilião de pessoas – um sexto da população mundial – vivem em favelas.

Educação:

O Brasil tem actualmente cerca de 16 milhões de analfabetos, e metade desse número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país. O planeta ainda conta com 780 milhões de analfabetos. No Brasil existem 16,295 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um simples bilhete. Levando-se em linha de conta o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro anos de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.

Trabalho Infantil:

Cerca de 2,5 milhões de crianças, entre 5 e 16 anos, trabalham no Brasil, o que o coloca entre os países com os maiores índices de trabalho infantil. Cerca de 250 milhões de crianças no mundo trabalham (entre os 5 e 14 anos), mas as estatísticas não são muito seguras, dado que boa parte da exploração é clandestina ou realizada em sectores económicos informais. Em África, uma em cada três crianças é explorada e na América Latina uma em cada cinco. No Equador, país que encabeça o ranking de trabalho infantil no continente americano, 1 milhão e quinhentos mil menores trabalham nos bananais, fabricação de tijolos e outros.

Sida:

No ano passado a Sida matou 3 milhões de pessoas, e outros 4,1 milhões foram infectados - mais de 8.000 pessoas por dia, e a doença hoje infecta 40 milhões, dos quais 25 milhões vivem no continente africano. Além disso, a epidemia deixou órfãos 15 milhões de crianças. Mais de 500 mil crianças nasceram com o HIV, o vírus causador da Sida, só no ano passado. Entre elas, cerca de 20 mil crianças brasileiras. O número de mulheres infectadas com vírus HIV aumentou em 44% no país nos últimos dez anos. O uso de seringas contaminadas mata 1,3 milhão de pessoas por ano no mundo todo. Apenas no Brasil, existe actualmente mais de meio milhão de pessoas contaminadas com o vírus da Sida, embora elas não ibam disso.

Violência:

Segundo a UNESCO, de 60 países analisados, em apenas 6 o número de homicídios é superior ao número de mortes por acidentes de trânsito. Dentre esses está o Brasil e mais três países da América Latina. Em 49 desses países, o número de suicídios é superior ao número de homicídios; dentre as excepções está o Brasil e mais sete países da América Latina. A América Latina é a região onde mais ocorrem homicídios no planeta: 30 mortes para cada grupo de 100.000 pessoas ao ano, o triplo da média mundial. Da população mundial, o Brasil responde por 11% de todos os homicídios do planeta. É o 2º país que mais mata utilizando armas de fogo, 3º em homicídios contra jovens e 4º colocado em homicídios no geral. O Brasil é o 3º país mais violento da América Latina, "perdendo" apenas para a Colômbia e Venezuela.

Aborto:

Estima-se que são feitos 42 milhões de abortos a cada ano em todo o Planeta e, desses, 20 milhões são ilegais ou executados clandestinamente. Segundo a OMS, os abortos clandestinos causam por volta de 65.000 a 70.000 mortes maternas a cada ano, 99% das quais ocorrendo nos países em desenvolvimento. No Brasil, a cada minuto que passa, quase dois abortos clandestinos são realizados. O número é uma estimativa baseada nos internamentos pós-aborto pelo SUS e aponta que, desde 1999, cerca de 952 mil mulheres interromperam a gravidez, por ano, no país.

Desmatamento:

Dados divulgados indicam que a Floresta Amazónica perdeu 754,3 quilómetros quadrados de florestas entre Novembro de 2008 e Janeiro de 2009. A área equivale a metade do município de São Paulo. O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazónia nos últimos 20 anos. O Brasil é campeão mundial de desmatamento. Em segundo lugar está a Indonésia: 18,7 km2 por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km2. As principais causas do desmatamento na Amazónia são a retirada de madeira, o cultivo de soja e gado.

Quando olhas para o mundo nesta perspectiva, consegues perceber a real e urgente necessidade de solidariedade, compreensão, educação e de mudança de paradigma?


Adaptado de informação recebida por e-mail e enviada por Planeta Voluntários.

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