24 de fevereiro de 2011

Ora vejam lá o que é que uma notícia tem a ver com a outra...

Esta:

O presidente de uma Associação de Bombeiros Voluntários e um comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro de instituições do Alentejo são suspeitos de práticas fraudulentas com subsídios para combate a incêndios florestais.


A investigação da Policia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), enviou para o Ministério Público um processo relativo ao alegado desvio de dinheiro dos subsídios para pagamento de bombeiros no combate a incêndios florestais.
O processo seguiu com proposta de acusação, sustentada em cerca de uma centena de documentos e em dezenas de inquirições.


Sem especificar as localidades em causa nem os nomes dos investigados, a PJ detalha que a investigação iniciada em 2009 reuniu indícios de que entre 2004 e 2008 esses dois indivíduos terão usado mais de 100 mil euros para fins diferentes dos previstos, e ainda em proveitos dos próprios.


E esta:

Dezenas de associações humanitárias de bombeiros portuguesas estão em risco de entrar em falência técnica, devido às restrições orçamentais impostas às autarquias, disse um representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses.


Segundo Jaime Mata Soares, representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para a Protecção Civil, os bombeiros e os municípios portugueses atravessam "grandes dificuldades" e, em caso de corte de apoios das autarquias, dezenas de instituições podem encerrar.


"Se não houver um entendimento muito concreto em relação às competências, aos apoios e à contratualização entre o poder central e o poder local, eu não vejo o futuro muito risonho. Pode muito bem levar à falência técnica e de seguida ao encerramento de muitos corpos de bombeiros", disse o autarca à agência Lusa.


Jaime Mata Soares, também presidente da câmara de Vila Nova de Poiares, adiantou que "há muitos municípios" que estão a fazer cortes "acentuados" a todos os níveis, incluindo "os apoios às associações de bombeiros".


O responsável acredita que estas "tremendas dificuldades" podem pôr ainda em causa a prevenção e actuação dos bombeiros no próximo Verão.

É triste, muito triste...

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