26 de outubro de 2010

Vergonhoso!

Portugal ficou este ano no 40.º lugar na classificação da organização Repórteres Sem Fronteiras no que toca ao respeito pela Liberdade de Imprensa, descendo dez lugares em relação à avaliação feita em 2009. Já no ano passado, Portugal tinha registado uma queda do 16.º para o 30.º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas. Apesar de ter classificado Portugal como estando "em boa situação" face à liberdade de imprensa, a organização internacional afirmou em 2009 ter-se verificado uma queda de 14 posições na lista dos mais respeitadores da liberdade de imprensa, passando a estar ao mesmo nível da Costa Rica e do Mali. No relatório deste ano divulgado hoje, Portugal mantém a tendência de descida tendo passado do 30º para o 40º lugar. Na primeira posição da lista encontram-se seis países: Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suiça. Os Repórteres Sem Fronteiras assinalam no relatório deste ano "a deterioração da situação da liberdade de imprensa na União Europeia", onde 13 dos membros estão no top 20 mas alguns outros países estão em posições "muito baixas" na tabela. A organização refere, como exemplo, países como Itália (49.º), Roménia (52.º) e Grécia e Bulgária (empatados em 70.º) como demonstrativos de que a União Europeia "não é um todo homogéneo no que respeita à liberdade de imprensa". A queda no índice de diversos países da União Europeia é "perturbadora" e, "se a Europa não se organizar", arrisca-se "a perder a posição como líder mundial" no setor da liberdade de imprensa no que diz respeito aos "Direitos Humanos", diz a organização. "E se isso vier a acontecer, como pode ser convincente quando [a União Europeia] pede a regimes autoritários para melhorarem? Há uma necessidade urgente dos países europeus recuperarem o seu estatuto de exemplo", diz a Repórteres Sem Fronteiras. No fim da tabela a Repórteres sem Fronteiras lista os "dez países onde não é bom ser jornalista": Ruanda, Iémen, China, Sudão, Síria, Myanmar, Irão, Turquemenistão, Coreia do Norte e Eritreia.

Notícia aqui.

E para esta situação muito tem contribuído o Pinóquio e a sua corte de assessores de imprensa, muitos deles saídos directamente das redacções. Sabem exactamente a quem telefonar e como pressionar. Uma vergonha.

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