4 de maio de 2010

Mais uma rumo à China.

A administradora judicial da Rhode, aquela que já foi uma das maiores empresas de calçado do país, avisa que vai demorar algum tempo até que os cerca de 900 trabalhadores possam receber aquilo que a fábrica lhes deve. É o passo que se segue depois da liquidação da empresa. Um fechar de portas que deve ser hoje aprovado pelos funcionários. A votação acontece mais logo, mas Conceição Santos, a administradora judicial não tem grandes dúvidas de que ainda se vai tentar encontrar uma solução. No entanto, os credores da Rohde vão optar por fechar a empresa.
«Estou convencida que quem aprovou o plano vai ter uma oportunidade para mais uma vez demonstrar o que pretende, mas presumo que depois será feita a votação em que será proposta a liquidação dos activos, o encerramento da firma e a extinção dos postos de trabalho», afirma Conceição Santos. Reprovado o plano de vibilização, vota-se e aprova-se a liquidação dos activos da Rohde. Conceição Santos dá conta dos passos seguintes. «Vai propôr-se a venda dos bens, os bens móveis serão os primeiros e os imóveis a seguir. É claro que na conjuntura económica em que estamos não será muito fácil proceder à venda imediata, mas penso que será resolvida essa questão com o recurso à venda judicial ou à negociação particular para se obter o melhor valor possível para ser distribuido pelos credores», explica. Os únicos credores da Rohde são os cerca de 900 trabalhadores. A administradora judicial admite que vai ser difícil pagar tudo o que se deve a cada um deles. A Rohde está parada desde Setembro do ano passado, altura em que arrancou o processo de insolvência. Alfredo Henriques, presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, onde a fábrica se situa, confessa que também já não acredita na salvação da Rhode. Um encerramento que o preocupa uma vez que vai aumentar ainda mais a taxa de desemprego num concelho cada vez mais afectado pela falta de trabalho.

Notícia aqui.

É a lógica da economia de mercado globalizado... Se é mais barato produzir ali, fecha-se já aqui!

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