17 de junho de 2009

"Desenhando o Futuro" por Jacque Fresco. Sétimo Capítulo.

Considerações sobre o Desenho.

Houve um tempo em que os adornos arquitectónicos eram parte integrante da construção ou do edifício. As colunas esguias e os pórticos colunados da Grécia e Roma antigas eram elementos que faziam parte daquelas estruturas. Com o advento de novos e mais leves materiais de construção, assim como de novas técnicas de engenharia aplicadas à construção, tornou-se possível vencer grandes vãos sem o recurso intensivo a colunas ou a outras estruturas de suporte.

A economia baseada nos recursos deixaria de alinhar na retirada consciente de eficiência estrutural em prol de estéticas impressionantes para o olhar, porque se continuarmos a projectar os nossos edifícios com exuberantes decorações e desperdício de materiais, estaremos a diminuir o nível de vida dos outros através do uso inapropriado de recursos. Projectar um edifício com muitas projecções artificiais não lhe confere automaticamente originalidade, criatividade ou individualidade. A individualidade expressa-se pela nossa forma única de pensar acerca de nós próprios e sobre o mundo que nos rodeia, nunca pela nossa aparência exterior.

Esta linha de pensamento não tem como finalidade depreciar as belíssimas estruturas erigidas no passado com a limitada tecnologia disponível na altura, no entanto, a contínua aplicação de métodos de construção antiquados retarda o pensamento inovador e criativo imprescindível a uma cultura emergente.

O uso inteligente de recursos incorporado na construção de estruturas simplifica consideravelmente o nosso estilo de vida e reduz bastante o desperdício e a manutenção dessas estruturas. Estas novas cidades de que falamos satisfarão as necessidades dos seus habitantes através de uma dotação eficiente de recursos e materiais num ambiente sem poluição e com um consumo consciente de energia.

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